Uma inovação tecnológica desponta como potencial divisor de águas na avicultura: a chamada sexagem in-ovo, capaz de identificar o sexo de embriões de galinha antes do nascimento. A adoção dessa metodologia no Brasil pode ter impactos profundos na eficiência, bem-estar animal e no custo de produção.
🧬 Como funciona a tecnologia
Utilizando equipamentos de imagem avançada ou sensores, o sistema examina o embrião ainda dentro do ovo. Através de padrões de penugem, sombra ou espectroscopia, identifica-se se o embrião será macho ou fêmea. Em seguida, ovos de embriões com sexo menos produtivo (como machos na produção de ovos) podem ser separados, evitando o nascimento e posterior descarte.
Essa tecnologia já vem sendo testada em outros países e agora ganha escala no Brasil.
🌱 Vantagens para produtores e setor
- Maior eficiência na incubação: mais ovos de fêmeas, maiores rendimentos na produção de ovos.
- Redução de custos e desperdício: menos machos órfãos de vocação para postura, menos descartes ou manejo inadequado.
- Sustentabilidade e bem-estar animal: menos intervenções invasivas e mais respeito às boas práticas.
- Potencial de exportação ou adoção de certificações “livre de descarte de pintinhos machos” — agrega valor ao produto final.
📈 Desafios a superar
- Custo de implantação da tecnologia e adaptação das instalações produtivas.
- Treinamento de pessoal, manutenção de equipamentos e integração ao processo existente.
- Tempo para amortizar investimento em escala ampla — produtores menores podem ter menos ganho imediato.
- Regulamentação, certificação e aceitação do mercado ainda em evolução.