O governo federal estuda destinar cerca de R$ 160 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para investimentos nas áreas de habitação, saneamento básico e infraestrutura a partir de 2026. A proposta busca redirecionar parte dos recursos do fundo para impulsionar obras públicas e programas sociais de grande alcance.
O plano é visto como uma tentativa de equilibrar o uso do FGTS, que historicamente tem foco em financiamentos habitacionais, com a necessidade de ampliar o impacto social dos investimentos. A ideia é que os recursos passem a atender também obras estruturantes, especialmente em regiões com déficit de saneamento e moradia.
Dentro do governo, há o entendimento de que a medida pode gerar empregos e movimentar setores estratégicos da economia. Entretanto, especialistas alertam que a operação deve ser conduzida com cautela, já que o FGTS é patrimônio dos trabalhadores e precisa de garantias de retorno seguro.
O desafio será encontrar o ponto de equilíbrio entre o uso social do fundo e a preservação de sua sustentabilidade financeira. Caso a proposta avance, ela deverá ser aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, responsável por definir a destinação dos recursos.