Neste mês de julho, uma série de eventos astronômicos imperdíveis poderão ser contemplados, já que esses acontecimentos são de grande interesse tanto para astrônomos profissionais quanto para amadores. Neste sentido, existe um fenômeno que está para acontecer e que poderá ser um espetáculo visual para milhões de pessoas: trata-se da Lua do Veado ou Lua cheia.
A lua cheia de julho surgirá no horizonte leste ao anoitecer e se porá no oeste pouco antes do amanhecer. No hemisfério norte, onde as noites são mais curtas nesta época do ano, a lua permanecerá bastante baixa no céu, mesmo à meia-noite. Em contrapartida, no hemisfério sul, alcançará uma posição alta no céu.
Segundo informações da NASA, a superlua de veado (em inglês chamada “buck moon“) recebe esse nome porque os novos chifres (ossos feitos principalmente de cálcio e fósforo) dos veados machos emergem de suas testas em camadas de pele aveludada no início do verão do hemisfério norte, o que coincide com a data do fenômeno.
Como contemplar a Lua do Veado?
O site Star Walk detalhou que a Lua de Cervo poderá ser vista no dia 21 de julho às 04:17 horas do centro do México, o que seria às 6h17 na Argentina. No Brasil, a localização do satélite natural poderá ser orientada por aplicativos como Sky Tonight com os horários e a trajetória correta durante o fenômeno.
Contudo, o momento exato em que ocorre não é crucial para os observadores porquê, a olho nu, a lua parecerá cheia no dia anterior e no dia seguinte, com mais de 98% do disco lunar iluminado. Por isso, entende-se a lua cheia como um evento que dura toda a noite, em vez de um único momento.
Curiosidades: os eclipses mais famosos da história
A Lua, o Sol e as demais estrelas atiçam a curiosidade do Homem desde o tempo das cavernas. Quando a Lua fica entre a Terra e o Sol, o fenômeno astronômico tanto assusta quanto encanta. Para alguns, é assim até hoje. Para relembrar os casos mais impressionantes, elaboramos uma lista com os três eclipses solares mais famosos do mundo. Veja:
- Eclipse chinês (1.302 a.C)
O imperador chinês Wu Ding (1324-1266 a.C) observou, com apreensão, a Lua eclipsar o Sol por completo durante seis minutos e 25 segundos em 5 de junho de 1302 a.C. A bola de fogo era o símbolo do imperador, um dos 30 da Dinastia Shang (1600-1046 a.C). E ele interpretou o fenômeno como um alerta. Passada a escuridão vespertina, Ding devorou refeições vegetarianas e participou de rituais para “resgatar” o Sol. Era o protocolo pós-eclipse, segundo um estudo publicado no Journal of Astronomical History and Heritage em 2003.
- Eclipse ugarite (1.223 a.C)
Este foi um dos primeiros eclipses solares registrados. O fenômeno escureceu o céu por dois minutos e sete segundos em 5 de março de 1223 a.C. As informações são de um relatório publicado na revista Nature, em 1989, com base na análise de uma placa de argila descoberta em 1948. Ugarite foi uma antiga e cosmopolita cidade portuária, localizada na costa do norte da Síria.
- Eclipse Assírio ( 763 a.C)
Era 763 a.C e o império Assírio ocupava o território onde, atualmente, é o Iraque. Neste ano, a Lua eclipsou o Sol por cinco minutos. E registros da época mencionam o eclipse no mesmo trecho que cobre uma insurreição na cidade de Assur (hoje, ficaria no norte do Iraque). Essa combinação sugere que o imaginário coletivo da época relacionava os dois acontecimentos.