Em uma publicação recente, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) apresentou ao mundo uma imagem fascinante capturada pelo telescópio Hubble. A foto destaca o complexo estelar Eta Carinae, também conhecido carinhosamente como “Estrela Condenada”. A escolha do apelido decorre do mistério que envolve esse astro gigante, que, segundo a Nasa, pode explodir a qualquer momento, seja “ano que vem ou daqui um milhão de anos”.
Com uma massa 100 vezes maior que a do nosso Sol, Eta Carinae está localizada a aproximadamente 7.500 anos-luz da Terra. Isso faz dela um objeto visível apenas do Hemisfério Sul. A estrela, que é famosa por sua instabilidade, pode estar destinada a uma explosão cataclísmica, embora ainda não saibamos quando isso acontecerá.
Registros históricos indicam que há cerca de 170 anos, Eta Carinae sofreu uma explosão significativa que a tornou uma das estrelas mais brilhantes do céu meridional. Durante esse evento, a estrela liberou uma quantidade de luz comparável à de uma supernova, mas surpreendentemente, sobreviveu. Esse fenômeno criou dois lóbulos em sua estrutura e um disco fino, que se movem a milhões de quilômetros por hora.
Por que Eta Carinae é chamada de ‘Estrela Condenada’?
Hoje, essa estrutura é conhecida como Nebulosa do Homúnculo. Um dos fatos mais intrigantes sobre Eta Carinae é que ela é a única estrela conhecida a emitir luz laser natural. A Nasa utiliza o telescópio Hubble para monitorar esses fenômenos e captar imagens detalhadas, como a divulgada recentemente.
A foto registrada pela Nasa revela, além da nuvem de gás e poeira, a aproximação de dois conglomerados supermassivos dentro do complexo estelar. Esse comportamento pode indicar uma explosão iminente (em termos astronômicos, claro). Um dos detalhes mais fascinantes da imagem são as pontas de difração causadas pelas lentes do telescópio, que aparecem como raios coloridos vindos do centro da nebulosa.