Descoberta em prisão da era romana deixa todos emocionados
Ao que tudo indica, a vida dos detentos era um verdadeiro inferno
A grande maioria dos historiadores acredita que existiam prisões em quase todas as cidades da era romana. Contudo, ruínas destes locais são raríssimas, o que impede uma maior entendimento sobre elas. Uma dificuldade que pode ser superada em razão de um novo achado.
Isso porque um arqueólogo identificou os restos de uma prisão romana em Corinto, atual Grécia. O local data de cerca de 1.600 anos atrás, quando o Império Romano controlava a área e muitas pessoas estavam se convertendo ao cristianismo.
No entanto, o que mais impressionou os pesquisadores foram as diversas mensagens encontradas no chão e que supostamente foram deixadas pelos prisioneiros. O conteúdo delas pode ajudar a entender como era a vida dos romanos presos e como funcionavam estas antigas prisões.
Condições desumanas
Segundo informações passadas pela equipe responsável pela descoberta, as mensagens contêm apelos escritos em grego antigo. Uma delas diz: “Que a fortuna daqueles que sofrem neste lugar sem lei prevaleça. Senhor, não tenha misericórdia daquele que nos lançou aqui“.
Todas as mensagens foram encontradas em rachaduras no piso. Outro exemplo indica que os prisioneiros podiam passar muito tempo atrás das grades: “Portador de Deus, retribua [punição dada por] Marinos, aquele que nos jogou aqui e nos fez passar o inverno“.
O que mais foi encontrado?
Além disso, foram encontradas representações de jogos de tabuleiros, sugerindo que esta pode ter sido uma das formas encontradas pelos prisioneiros para passar o tempo. Ainda, restos de jarros e lâmpadas foram achadas no corredor leste da prisão, o que teria fornecido água e um pouco de luz.
Por fim, há evidências de uma pequena latrina em uma das câmaras da prisão. De acordo com os pesquisadores, as descobertas indicam que as condições enfrentadas pelos prisioneiros romanos teriam sido terríveis e que eles teriam passado muito tempo em um espaço bastante escuro e afastado.
Como surgiram as prisões?
No século XVIII, as primeiras ideias de prisões começaram a ser manifestadas com a influência de dois fatores: as dificuldades econômicas vividas pelo continente europeu e o Iluminismo. Diante deste cenário, o conceito de privatização da liberdade passou a ficar mais evidente, tendo em vista que a liberdade é o maior bem conquistado pelos seres humanos.
Ainda no século XVIII, os primeiros projetos do que mais para frente se tornariam as penitenciárias começaram a sair do papel. A primeira prisão do mundo foi construída em Londres, na Inglaterra, entre os anos de 1550 e 1552 e recebeu o nome de “House of Correction“. Contudo, a pena de privação de liberdade surgiu, de fato, na Holanda, em 1595, quando foi levantado o presídio para jovens criminosos de Amsterdã.
A partir daí, outras prisões começaram a ser construídas Nos Estados Unidos, mais especificamente na Filadélfia, surgiram as primeiras penitenciárias que seguiam o sistema de reclusão total. Já em Nova York, em 1820, foi inaugurada a prisão que adotou o regime conhecido como “Sistema Auburn“, no qual os prisioneiros ficavam reclusos durante a noite e durante o dia faziam as refeições e trabalhavam coletivamente.