Como aconteceu o naufrágio na Garganta do Diabo em São Paulo?
Tragédia teve grande repercussão. Sobrevivente fez relato.
Navegar pelo litoral paulista pode ser uma experiência encantadora, mas também cheia de riscos. Recentemente, um incidente trágico na região conhecida como ‘Garganta do Diabo’, localizada em São Vicente, trouxe esta realidade à tona de forma dramática. Em uma noite que deveria ser de celebração, a festa em uma lancha terminou em desastre, resultando em um naufrágio que ainda reverbera na memória dos sobreviventes e familiares dos desaparecidos.
A viagem de lazer enveredou por mares revoltos quando a embarcação, denominada ‘La Linda’, foi atingida por uma onda poderosa. Entre os que estavam a bordo, estava Aline Tamara Moreira de Amorim, que segue desaparecida, enquanto o corpo de Beatriz Tavares da Silva Faria foi encontrado pelas equipes de busca.
O que aconteceu na Garganta do Diabo?
A pergunta que muitos fazem é: o que exatamente desencadeou o acidente na noite fatídica? De acordo com relatos de sobreviventes, como Camila Alves e Vanessa Audrey, a intenção era uma travessia tranquila após uma tarde de festa e lazer. A rota, planejada para retornar a Santos, foi interrompida de forma brusca quando a lancha em que estavam foi engolida por uma onda de proporções alarmantes.
Os passageiros, apanhados de surpresa, enfrentaram momentos de desespero enquanto tentavam se agarrar às pedras na esperança de sobreviver. O trecho entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, já conhecido por suas correntes traiçoeiras, mais uma vez provou seu potencial devastador, transformando a ‘Garganta do Diabo’ em uma verdadeira armadilha aquática.
A Capitania dos Portos de São Paulo assumiu a liderança nas investigações, abrindo um inquérito administrativo para apurar as causas e responsabilidades pelo naufrágio. Em meio a estas investigações, a prioridade tem sido localizar a ainda desaparecida Aline Tamara Moreira de Amorim e entender como o acidente ocorreu para evitar futuros desastres.
Os esforços de resgate contam com o suporte do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), que permanece no local realizando buscas incansáveis.