Cientistas ficam confusos com furacões perigosamente lentos

Padrão inesperado está assustando a comunidade científica. Situação alarmante teve seus detalhes revelados.

Enquanto viajam sobre os oceanos, os furacões transformam o calor dos mares em imensas quantidades de energia cinética. Essas tempestades arrasam ilhas, inundam cidades costeiras, e causam danos que exigem meses de trabalho de reparação. Com as temperaturas dos oceanos quebrando todos os recordes, esses “motores” estão reagindo de forma proporcional, tornando-se menos previsíveis e mais perigosos.

A corrida para entender como os furacões estão reescrevendo regras e padrões é intensa. Cientistas esperam aprender como podemos nos adaptar a essas mudanças climáticas que tornam a temporada de furacões cada vez mais longa e violenta. Um exemplo recente é o furacão Beryl, que trouxe ventanias e destruição ao Texas, sendo um dos primeiros desta estação.

Como as mudanças climáticas afetam os furacões

Existe um ciclo sazonal distinto dos furacões no Oceano Atlântico, com poucos eventos no verão do hemisfério sul e um pico em setembro. No entanto, mudanças climáticas podem antecipar o início e intensificar a temporada. Segundo o cientista climático James Kossin, os furacões reagem ao ambiente em que se encontram, e com condições mais quentes, eles se comportam como se estivessem no auge da temporada.

As condições extraordinariamente quentes dos oceanos, causadas pelas mudanças climáticas e outros fatores, como El Niño e La Niña, contribuem para uma atividade de tempestades mais intensa e antecipada. Especialistas afirmam que, em um clima de aquecimento, a temperatura necessária para a formação dos furacões é atingida mais cedo, resultando em temporadas mais longas.

Os furacões estão se intensificando mais rapidamente, dificultando a emissão de alertas precoces. Hugh Willoughby, da Universidade Internacional da Flórida, ressaltou em entrevista que o vento cortante vertical, que deveria impedir essas formações, não conseguiu sufocar tempestades recentes, como o furacão Lee, que alcançou a categoria 5 durante o El Niño.

As mudanças climáticas têm impactos duradouros, e a adaptação será crucial para minimizar os danos dos furacões cada vez mais intensos e perigosos.

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