Cidades brasileiras estão sendo cada vez mais devastadas pelo nível do mar

Situação alarmante tem se espalhado pelo país. Previsões são assustadoras.

Em um cenário de mudanças climáticas globais, cidades litorâneas do Brasil sofrem com os efeitos do aumento do nível do mar. Atafona, uma pequena comunidade ao norte do Rio de Janeiro, exemplifica esta realidade ao perder cerca de 500 residências em uma área de 2 quilômetros devido ao avanço do oceano.

Esse fenômeno é atribuído à erosão costeira e ao assoreamento dos rios, intensificados pelas alterações climáticas.

A destruição em Atafona ocorre em meio a um cenário de erosão acentuada e assoreamento do rio Paraíba do Sul, que bloqueia a chegada de sedimentos à costa. Com menos areia para repor as perdas na linha da costa, o mar avança sobre o território antes ocupado por moradores.

Este caso não é isolado e reflete um problema mais amplo que afeta diversas regiões litorâneas do país.

Previsões e relatórios sobre o nível do mar

De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o nível médio do oceano aumentou 13 centímetros nos últimos 30 anos e pode subir mais 16 centímetros até 2050. Este crescimento eleva a preocupação com o potencial aumento de episódios de erosão costeira e inundações em áreas baixas, especialmente em regiões como Atafona, que já enfrenta sérios desafios.

O relatório prevê que, em apenas 28 anos, áreas costeiras podem recuar até 150 metros.

Consequências em outras regiões

No nordeste do Brasil, a praia de Ponta Negra, em Natal, é outra localidade que sofre com o avanço do mar. Cerca de 30 metros de sua extensão já foram perdidos, impactando o turismo e a economia local.

Obras de contenção, como a engorda da faixa de areia, estão em andamento para mitigar os efeitos desse fenômeno, com um investimento de R$ 100 milhões, mas necessitarão de manutenção contínua a médio prazo.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) tem alertado que o avanço do nível do mar é mais acelerado do que antes. Nos últimos dez anos, a taxa de aumento dobrou em comparação à década de 1990. 

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