O assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, causou grande repercussão no Brasil e no mundo. Transcendendo o âmbito do crime comum, este brutal atentado trouxe à tona questões relacionadas à violência política e aos direitos humanos.
No desdobramento mais recente do caso, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram julgados e condenados. Ronnie Lessa foi sentenciado a 78 anos e 9 meses de prisão por ser o autor dos disparos, enquanto Élcio Queiroz, que dirigiu o veículo usado no atentado, recebeu pena de 59 anos e 8 meses.
Ambos firmaram acordos de delação premiada, o que poderá reduzir o tempo total de suas penas.
Apesar das condenações de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, o caso ainda não está completamente encerrado. As investigações continuam para determinar a identidade dos mandantes do crime. Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão são apontados como mandantes do crime.
Quem são Ronnie Lessa e Élcio Queiroz?
Ronnie Lessa, um ex-policial militar reformado, é apontado como o autor dos tiros que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes. Conhecido por seu histórico controverso na polícia, Lessa tinha habilidade no manejo de armas de fogo, o que foi fator determinante no crime.
Élcio Queiroz, também ex-PM, era quem conduzia o carro utilizado no atentado. O julgamento dos dois foi marcado por detalhes chocantes e pelo depoimento de várias testemunhas que ajudaram a esclarecer como o crime foi executado.
Por que o crime causou tanta comoção?
O assassinato de Marielle Franco não foi apenas mais um caso de violência urbana no Rio de Janeiro. Como uma destacada ativista dos direitos humanos e defensora das minorias, Marielle representava uma voz poderosa contra as desigualdades sociais e a violência policial.
O fato de o crime ter sido executado de maneira brutal e ao que tudo indica, motivado por razões políticas, suscitou questionamentos sobre a segurança e integridade de figuras públicas no Brasil.
Delações premiadas
O acordo de delação premiada firmado por Lessa e Queiroz foi um elemento crucial para o andamento do processo judicial. Através dessas delações, eles confessaram sua participação direta, fornecendo detalhes que ajudaram na reconstituição do crime.
No entanto, as delações também provocaram críticas, pois suscitam dúvidas sobre a genuinidade do arrependimento dos réus e as condições que levaram à colaboração com a Justiça.