A transição para a TV 3.0 no Brasil representa um avanço significativo na tecnologia de transmissão de sinal. A proposta, formulada pelo Fórum do SBTVD, abrange nove normas técnicas, das quais a norma da camada física escolhida é a ATSC 3.0, desenvolvida em colaboração entre americanos e coreanos.
Essa escolha visa modernizar a experiência televisiva antes da Copa do Mundo de 2026, conforme esperado pelo Ministério das Comunicações.
Com a assinatura de um decreto presidencial, previsto para o início de 2025, espera-se que as emissoras iniciem a adaptação necessária para integrar esse novo sistema.
O que é a TV 3.0?
A TV 3.0 se destaca por oferecer um nível superior de interatividade e qualidade de transmissão. Diferente das gerações anteriores, permitirá que os usuários acessem aplicativos diretamente pelos canais de TV aberta, promovendo uma diversificada gama de conteúdos sob demanda.
Essa inovação não requer conexão à internet, embora muitas vantagens interativas adicionais possam ser exploradas mediante conexão.
Entre as melhorias técnicas, a TV 3.0 possibilitará a transmissão em imagem 4K e até mesmo 8K, além de som imersivo. Esse avanço coloca fim às limitações das televisões digitais atuais, agregando valor tanto na qualidade audiovisual quanto em experiências personalizadas oferecidas aos telespectadores.
Qual a tecnologia envolvida na TV 3.0?
A implementação desta tecnologia acontecerá em fases, começando com o uso de conversores capazes de decodificar o sinal até que novas televisões com capacidade de recepção nativa cheguem ao mercado. Esse processo será complementado pela disponibilização de uma faixa de espectro, uma incumbência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A escolha do ATSC 3.0 como norma técnica proporciona não apenas melhorias substanciais na transmissão audiovisual, mas também base para funcionalidades avançadas, como pesquisas interativas e publicidade segmentada.