Brasileiro de 7 anos descobre asteroide que pode chocar contra a Terra
A descoberta chamou a atenção da comunidade científica global
O jovem Arthur Ruiz, de apenas sete anos, foi o responsável por descobrir um asteroide na órbita de Marte que, em milhões de anos, pode passar ou até mesmo se chocar com o nosso planeta. Isso só foi possível porque o pequeno participou da análise das imagens enviadas pelo IASC/NASA captadas pelos telescópios PANSTARRS 1 e 2, localizados no Havaí. O episódio recebeu grande destaque após a reportagem do jornal O Globo.
Integrante da equipe Theta Mensae, da Associação Mensa Brasil, Arthur foi avaliado como superdotado aos seis anos e tem um QI de 150. Além do campo da ciência, ele se destaca pelo interesse no aprendizado de língua portuguesa e matemática.
Como será batizado o asteroide?
O menino reside na cidade de Ourinhos, no interior de São Paulo, e será ele quem dará o nome ao asteroide, visto que foi o responsável pela observação inicial, de acordo com Maria Beatriz de Andrade, coordenadora do programa Caça Asteroides da Mensa Brasil.
“Descobrir algo importante me deixa motivado a aprender cada vez mais sobre o espaço. Quero ser astrônomo ou astrofísico quando crescer e nomear o asteroide como Arthur, porque fui o primeiro a detectá-lo“, disse o jovem.
- Trabalho em equipe
O anúncio de que caberá à criança batizar o corpo celeste ocorreu durante uma live promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Além de Arthur, Bernardo Leitão, de sete anos, Benefício Zenha, de seis, Alexandre Franchini Woo, de oito, Paulo Augusto Tomadon, de oito, e Vitor Sena Ramos, de nove, também fazem parte da equipe que descobriu o astro na órbita de Marte.
- Nome provisório
A descoberta foi oficializada e publicada nos sites do Minor Planet Center (Harvard/Smithsonian) e da NASA Astrophysics Data System. O asteroide recebeu uma designação provisória pela União Astronômica Internacional (IAU) e está sendo chamado de “2024 JB 29“.
Agora, o corpo celeste entra em um período de análise, que pode durar de três a cinco anos, para que sua órbita seja traçada e outras medições sejam feitas. Após esse período, o nome proposto pelo jovem passará pela análise da IAU.
O que de fato é um asteroide?
Em linhas gerais, asteroides são corpos celestes rochosos que realizam órbita em torno do Sol. Eles são formados a partir de materiais que remontam ao princípio do Sistema Solar, ficando localizados, em sua maioria, entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Além disso, eles apresentam formato irregular e tamanho inferior ao de um planeta-anão, sendo compostos por silicatos, níquel e ferro. Os asteroides foram descobertos a partir do século XIX e, atualmente, já se sabe da existência de 1,3 milhão desses corpos celestes no Sistema Solar.
Eles se diferenciam de cometas pela composição de sua estrutura e pela visibilidade. Para facilitar o entendimento, os objetos são classificados como Tipo C, S e M, de acordo com o material que os compõem. Até o momento, o maior asteroide conhecido possui 560 km de diâmetro.