Recentemente, o Banco Central (BC) informou que as notas da primeira família do Real, lançadas no ano de 1994, vão sair de circulação. Com a medida da autarquia monetária brasileira entrando em vigor, muitas cédulas vão perder o valor, tornando-se inúteis no dia a dia.
No entanto, quando o assunto é itens colecionáveis, as notas mais antigas podem acabar valendo uma boa grana no mercado especializado. Caso estejam em perfeitas condições, alguns modelos podem ser vendidos por até R$ 5.000. Ou seja, essas cédulas podem garantir um ótimo retorno financeiro para o proprietário.
Conforme estabelecido pela Instrução Normativa BCB nº 488, os bancos serão os responsáveis pelo recolhimento das notas. Ao receber as cédulas, as instituições bancárias devem encaminhá-las ao BC para substituí-las por novas. Vale frisar que são modelos que representam o mesmo valor que as recolhidas pela autoridade monetária.
Enquanto a troca acontece, a população pode continuar utilizando normalmente as notas mais antigas em suas transições do cotidiano, tanto para pagamentos como recebimentos. Ou seja, nada muda para o brasileiro, tampouco vai faltar dinheiro.
Assinatura de ministros podem elevar o valor da cédula
Nesse meio-tempo, quem encontrar uma nota da primeira família do Real nova, sem dobras ou outras marcas de uso, pode ter um verdadeiro tesouro em mãos. Segundo João Marcelo Arriola, dono do portal Casa do Colecionador de Curitiba, essas notas já circulam com valores expressivos entre os colecionadores, a depender do modelo e de qual ministro da Fazenda a assinou.
“São cédulas que no mundo do colecionador, se elas forem novas e sem dobras, podem ser extremamente valorizadas. As que contam com assinaturas dos ex-ministros Ciro Gomes e Pedro Malan já estão bem escassas no mercado hoje em dia. Tem alguns ministros que ficaram muito pouco tempo assinando cédulas, então são poucas peças que existem com a assinatura deles. Um outro exemplo é Rubens Ricupero. Com esse encerramento da circulação, sem sombra de dúvidas vai aumentar a demanda e teremos uma boa valorização dessas peças“, disse Arriola (via O Globo).
Ele explica que existe um catálogo que rege o mercado do colecionismo, definindo os valores de cada exemplar. Neste sentido, a cédula mais rara do Plano Real, de acordo com Arriola, é a de R$ 100 com assinatura de Rubens Ricupero e Pedro Malan sem a frase “Deus seja louvado”.
“Uma nota dessas em perfeito estado de conservação pode chegar até R$ 5.000. Mas tem que ser o que a gente chama de ‘flor de estampa’, que é a nota nova, que nunca foi dobrada. Outras nota que é uma das mais raras é a de R$ 50, com assinatura de Pérsio Arida“, pontuou Arriola.
Por último, mas não menos importante, vale ressaltar que a família do Real foi lançada em 1994, ao substituir o Cruzeiro Real. Como informado pelo BC, as notas da primeira família correspondem a 3% das cédulas em circulação. Entre os modelos a serem recolhidos está a de R$ 10 em polímero comemorativo aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil.