O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, deu uma notícia desanimadora para os 20 milhões de beneficiários do Bolsa Família: não haverá aumento em 2025. De acordo com o chefe da pasta, o Ministério do Planejamento ainda está fechando o Orçamento, fator este que determina quanto será gasto por cada ministério O novo projeto deve ser apresentado nesta nesta semana.
Ainda segundo Dias, com a inflação sob controle, os brasileiros têm seu “poder de compra preservado” e, por conta disso, o valor pago pelo principal programa de transferência de renda não deve ser ajustado no próximo ano. Atualmente, as famílias inscritas na iniciativa governamental recebem, em média, R$ 681,09 por mês.
Por que não haverá aumento no Bolsa Família em 2025?
Conforme a reportagem publicada pelo G1 na última quinta-feira (22), o ministro frisou que, até o momento, não há nenhum estudo de reajuste, tampouco um levantamento, pois dentro do cenário atual, os beneficiários possuem poder de compra preservado. “É possível comprar, com o valor que pagamos no ano passado, os produtos necessários com base na cesta de alimentos, os produtos de 1ª necessidade para estas famílias“, disse.
Além disso, Dias disse ainda que um reajuste pode ser debatido posteriormente se o Governo Federal identificar que a inflação está pesando no bolso dos cidadãos em situação de vulnerabilidade. “Claro que também estamos atentos, qualquer momento que tiver necessidade. O presidente quer garantir quer garantir que os mais pobres tenham não só o benefício, mas o poder de compra adequado para que a gente possa alcançar um objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome e fazer disso também um instrumento para a promoção da dignidade“, completou.
Benefícios adicionais seguem disponíveis
Apesar da péssima notícia, nem tudo está perdido, visto que os recursos adicionais concedidos pelo Bolsa Família seguirão sendo liberados para os beneficiários que atenderem aos requisitos exigidos. Sendo assim, as famílias agraciadas ainda podem incrementar o valor base de R$ 600. Abaixo, confira os valores disponibilizados:
- 1. Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por membro da unidade familiar;
- 2. Benefício Complementar (BCO): valor adicional destinado a famílias cuja soma dos benefícios não atinja o valor de R$ 600;
- 3. Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de zero a sete anos;
- 4. Benefício Variável Familiar (BVF): adicional de R$ 50 para gestantes e jovens de sete a 18 anos incompletos;
- 5. Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): suplemento de R$ 50 para cada integrante com até sete meses de idade (nutriz);
- 6. Benefício Extraordinário de Transição (BET): aplicado em circunstâncias específicas até maio de 2025, com o propósito de garantir que nenhum beneficiário receba quantia inferior à concedida no programa anterior (Auxílio Brasil).
Relembre as normas do programa
Para evitar qualquer problema envolvendo o benefício social, é de suma importância seguir as regras estabelecidas. São elas:
- 1. Ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa;
- 2. Estar com todos os dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) atualizados;
- 3. Gestantes devem realizar o acompanhamento pré-natal;
- 4. Os pais devem acompanhar o desenvolvimento nutricional (tamanho e peso) dos filhos de até sete anos;
- 5. Todos os membros devem estar com a caderneta de vacinação atualizada;
- 6. Garantir a presença escolar mínima de 75% das crianças e jovens que ainda não concluíram o ensino básico.