Guedes afirma que governo violou o teto de gastos com aumento do Auxílio Brasil de R$ 600

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou durante o evento Expert XP, promovido pela corretora XP Investimentos, que o governo violou o teto de gastos ao elevar o Auxílio Brasil para R$600.

Segundo o ministro, o governo furou o teto de gastos para elevar o benefício por conta de instabilidades causadas pela pandemia e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, mas até o fim do ano deverá se manter dentro da responsabilidade fiscal.

“Daqui até o fim do ano, programa (Auxílio Brasil) é absolutamente dentro dos cânones da responsabilidade fiscal. Sim, nós violamos o teto (de gastos). O teto é para não deixar subir o governo. Daí chega uma doença (…). Estou dando auxílio enquanto a doença e a guerra (entre Rússia e Ucrânia) estão aí “, afirmou o ministro da Economia Paulo Guedes.

Apesar do discurso de Guedes culpar a pandemia e a guerra, o atual governo já furou o teto cinco vezes nos últimos quatro anos, causando um impacto superior a R$213 bilhões nas contas públicas, segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

Os R$600 do Auxílio Brasil

O novo valor pago pelo Auxílio Brasil foi aprovado pelo Congresso Nacional em meados de julho após uma ampla negociação entre governo e parlamentares, que usaram diversas manobras para fazer a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) tramitar com celeridade, pulando discussões importantes que incluíam o impacto fiscal da PEC.

Foi autorizado o uso de pouco mais de R$42 bilhões para ampliar programas sociais, como o Auxílio Brasil, e criar outros, como o Auxílio Caminhoneiro e o Auxílio Taxista, além de subsidiar passagens de ônibus para idosos e oferecer incentivos para a cadeia de produção do etanol.

No caso do programa de transferência de renda foi aprovado um acréscimo de R$200 para as famílias, que somados aos R$400 já recebidos resultarão em pagamentos de R$600 por cinco meses, entre agosto e dezembro, além da inclusão de cerca de 2 milhões de famílias que aguardavam para receber o benefício.

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