Auxílio Brasil permanente de R$ 600 depende de reforma tributaria

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que só seria possível manter os pagamentos de R$600 do Auxílio Brasil em 2023 se houver uma reforma tributaria.

A declaração ocorreu na última quarta-feira (3) em um evento da corretora XP Investimento, onde o ministro condicionou a continuidade dos R$600 em 2023 e o reajuste da tabela de Imposto de Renda à realização da reforma tributaria.

“É possível dar um auxílio de R$600? Ou fazer reajuste da tabela de Imposto de Renda? A resposta já está na reforma tributária.”, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes.

No mesmo evento Guedes também afirmou que o governo pretende taxar dividendos de ganhos acima de R$500 mil por mês e afirmou que “você não tem que ter vergonha de ser rico, tem que ter vergonha de não pagar imposto”.

Auxílio Brasil de R$600

O novo valor será pago através de uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que autorizou o pagamento extra de R$200 por mês aos beneficiários do Programa Auxílio Brasil que já recebem cerca de R$400 mensalmente, totalizando R$600.

Esses R$200 a mais serão pagos apenas durante cinco meses, começando em agosto, dois meses antes das eleições de outubro, e terminando em dezembro, dois meses após as eleições.

Foi necessária muita articulação entre governo e parlamentares para aprovar a proposta que, devido ao seu caráter provisório e eleitoreiro, tem validade até dezembro, levando muitos brasileiros a pedirem pela continuidade.

Aumento visa eleições

Dirigentes da campanha a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que o novo valor do Auxílio Brasil poderá causar um efeito positivo nas pesquisas eleitorais de intenções de votos, levando o eleitorado mais pobre do país a votar no atual presidente.

Atualmente, Bolsonaro aparece seguidamente em segundo lugar nas pesquisas, perdendo apenas para o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), conhecido por outro programa de transferência de renda, o Bolsa Família.

Na semana passada, apoiadores do atual presidente chegaram a anunciar que deixariam de apoia-lo devido aos números divulgados na última pesquisa Datafolha, porém, Bolsonaro pediu tempo para que os pagamentos do Auxílio Brasil fossem feitos e os índices melhorem, acalmando seus aliados.

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