A liberação do FGTS via saque-aniversário permitirá que cerca de 14,1 milhões de trabalhadores no Brasil acessem valores retidos de suas contas. A medida provisória, publicada pelo governo em 2025, tem como objetivo liberar aproximadamente R$ 7,8 bilhões para esses trabalhadores. A primeira parcela, com valores de até R$ 1,8 mil, estará disponível até 30 de dezembro de 2025, e a segunda, com o residual, deverá ser paga até 12 de fevereiro de 2026.
Os valores serão automaticamente depositados nas contas bancárias cadastradas no aplicativo do FGTS, alcançando 87% dos beneficiários. Para os que não possuem conta cadastrada, o saque poderá ser feito em caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal, lotéricas ou pontos de atendimento CAIXA Aqui. A liberação busca aliviar economicamente os trabalhadores, especialmente em tempos de instabilidade financeira.
Entenda o Saque-Aniversário
O saque-aniversário, instituído em 2019, permite que trabalhadores retirem anualmente parte do FGTS no mês de seu aniversário. Ao aderir, o trabalhador abdica de sacar o total do fundo em caso de demissão sem justa causa, mantendo apenas o direito à multa rescisória. Atualmente, muitos dos 40 milhões de aderentes possuem empréstimos vinculados a esta modalidade, o que pode reduzir o montante disponível para saque.
Detalhes da Liberação
A liberação do valor será em duas parcelas: a primeira de até R$ 1.800 e a segunda, complementando o saldo até fevereiro de 2026. A Caixa Econômica será responsável pela gestão dos pagamentos. No entanto, trabalhadores com saldos comprometidos devido a empréstimos poderão ver o valor total dos saques reduzido. Quem não possui conta cadastrada pode sacar em agências ou terminais autorizados.
Impactos na Economia
A partir de 2020, o saque-aniversário já movimentou valores consideráveis, com estatísticas mostrando que 38,5% são destinados diretamente a trabalhadores e 61,5% cobrem antecipações de crédito bancário. Essa modalidade tem gerado um impacto financeiro significativo, fornecendo uma rede de segurança e impulsionando o consumo em períodos de crise econômica.
Com a recente liberação, o governo visa não apenas injetar recursos na economia, mas corrigir algumas distorções oriundas de legislações anteriores. A medida, enquanto temporária, está sujeita à votação no Congresso Nacional. Espera-se que a liberação ocorra conforme o calendário estabelecido, proporcionando alívio financeiro aos beneficiários até o início de 2026.


