Novas regras do FGTS impactam significativamente o saque-aniversário. Desde novembro de 2025, o número de operações caiu 80%, reduzido de R$ 3 bilhões para cerca de R$ 600 milhões mensais. Esse declínio ocorreu após o Conselho Curador do FGTS ajustar as condições para antecipação de recursos, afetando muitos trabalhadores brasileiros.
Alterações e Implicações para os Trabalhadores
As novas regras do FGTS introduziram exigências rigorosas. Entre elas, um limite mínimo de R$ 100 por parcela anual, carência de 90 dias entre adesão e contratação, e restrição de apenas uma operação de antecipação por trabalhador, mesmo que haja saldo disponível. Até outubro de 2026, os trabalhadores podem antecipar cinco anos de parcelas, mudando para três anos a partir de novembro de 2026. Essas mudanças afetam principalmente trabalhadores de menor renda, anteriormente beneficiados com essa modalidade.
A medida impacta um público já vulnerável. Dos 21,5 milhões de aderentes ao saque-aniversário, 70% realizaram alguma antecipação. Destes, muitos enfrentam dificuldades como desemprego e restrição de crédito, cenário em que a antecipação do FGTS funcionava como alternativa menos onerosa.
Prospectivas para o Saque-Aniversário
As restrições recentes ameaçam o futuro dessa modalidade de crédito que se consolidou como uma das mais acessíveis do país. Observadores do setor alertam que as concessões podem cair ainda mais, cerca de 5%, sugerindo que o futuro do saque-aniversário pode estar comprometido se as atuais condições se mantiverem inalteradas.
Impactos e Ajustes Potenciais
Diante das restrições, há um movimento para reavaliar as regras. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) recomenda revisões, como a redução do piso para R$ 50, visando atenuar a queda nas concessões sem inviabilizar a linha de crédito. Essa revisão pode ajudar a equilibrar a sustentabilidade financeira do FGTS e as necessidades dos trabalhadores.
Encerramento
Com as mudanças implementadas em novembro de 2025, o saque-aniversário do FGTS passou por uma significativa redução na antecipação dos valores. As novas regras visam evitar o endividamento excessivo dos trabalhadores. A continuidade dessa mudança depende de uma revisão das condições. Até que ajustes sejam feitos, o impacto sobre as finanças dos trabalhadores continua a ser monitorado ativamente pelas entidades envolvidas.

