O ritmo de crescimento da economia brasileira demonstrou uma desaceleração no terceiro trimestre. Dados preliminares da Fundação Getulio Vargas (FGV) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu modestamente 0,1% no período, um resultado que sinaliza cautela após um início de ano mais robusto.
Desaceleração Após o Boom Inicial
O resultado de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 frustra as expectativas de uma expansão mais vigorosa e é interpretado por economistas como um sinal de arrefecimento da atividade econômica. O crescimento tímido vem na sequência de um primeiro semestre que foi impulsionado, em grande parte, por setores específicos, como o agronegócio e a recuperação pós-pandemia.
O Que Explica a Queda no Ritmo
A desaceleração é atribuída, principalmente, aos efeitos da política monetária restritiva. A taxa de juros elevada (Selic) utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação tem o efeito colateral de encarecer o crédito, desestimular o investimento e restringir o consumo das famílias e das empresas. O resultado sugere que, para o próximo ano, o crescimento dependerá diretamente da evolução da inflação e de um possível corte mais agressivo na taxa de juros, que possa reativar setores sensíveis ao crédito.


