O governo federal tem estudado a possibilidade de autorizar novas modalidades de saque de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a população. A medida visa injetar liquidez na economia e dar suporte financeiro aos trabalhadores em momentos de dificuldade.
No entanto, a discussão sobre a liberação de novos saques não é vista com unanimidade entre economistas.
O Risco Inflacionário e de Descapitalização
Embora a liberação do FGTS seja popular, o principal ponto de atenção levantado por especialistas é o risco inflacionário. A injeção maciça de dinheiro na economia em um curto período pode aumentar a demanda por bens e serviços, resultando na elevação dos preços, o que prejudicaria o poder de compra do próprio trabalhador.
Além disso, a liberação constante de recursos do Fundo tem um impacto direto no financiamento de programas sociais importantes, como o Minha Casa, Minha Vida e projetos de saneamento básico, que dependem da capitalização do FGTS.
Os críticos argumentam que a política de liberação emergencial pode funcionar como um remédio de curto prazo que, no futuro, compromete a capacidade do Fundo de servir aos seus propósitos principais, que são garantir a poupança do trabalhador e financiar o desenvolvimento urbano e social do país.

