Recentemente, uma nova tecnologia foi desenvolvida para facilitar o diagnóstico precoce do autismo em crianças pequenas. Esta inovação utiliza o rastreamento ocular enquanto os bebês assistem a vídeos, permitindo identificar padrões de atenção típicos e atípicos.
O método foi desenvolvido com a participação do neurocientista brasileiro Ami Klin, que dirige um renomado centro de tratamento de autismo nos Estados Unidos.
O procedimento é simples e rápido. Crianças entre 1 ano e 4 meses e 2 anos e meio assistem a uma série de vídeos curtos, enquanto câmeras registram a movimentação dos seus olhos.
Em apenas 15 minutos, o sistema analisa os dados e fornece um resultado. Este avanço promete revolucionar a forma como o autismo é diagnosticado, possibilitando intervenções mais precoces e eficazes.
Como funciona o rastreamento ocular no diagnóstico?
O rastreamento ocular é uma técnica que permite observar para onde as crianças direcionam seu olhar enquanto assistem a vídeos. Crianças neurotípicas tendem a focar em expressões emocionais, enquanto aquelas com autismo podem se concentrar em detalhes específicos, como o movimento de uma porta de carrinho. Este comportamento é capturado e analisado pelo sistema, que identifica padrões de atenção que podem indicar autismo.
Nos Estados Unidos, o diagnóstico tradicional de autismo pode levar anos, atrasando o início do tratamento. Com esta nova tecnologia, o diagnóstico pode ser feito em minutos, permitindo que intervenções sejam iniciadas mais cedo, o que é fundamental para o desenvolvimento da criança.
Benefícios do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce do autismo é essencial para iniciar tratamentos que podem melhorar significativamente o desenvolvimento da criança.
Quando o diagnóstico é feito tardiamente, muitas vezes o tratamento se concentra nas consequências do autismo, como atrasos na linguagem e no desenvolvimento intelectual. Com a nova tecnologia, é possível iniciar intervenções específicas mais cedo, aumentando as chances de progresso.
Nos Estados Unidos, a tecnologia já foi aprovada e está em uso em diversos centros especializados. Além disso, clínicas móveis foram criadas para levar o exame a regiões remotas, ampliando o acesso ao diagnóstico precoce.