O café, uma das bebidas mais apreciadas no mundo, possui uma história rica que remonta a séculos atrás. Sua origem está envolta em lendas e tradições, começando na Etiópia com um pastor chamado Kaldi.
Ele notou que suas cabras ficavam mais energéticas após consumir certas frutas pequenas vermelhas. Intrigado, Kaldi compartilhou sua descoberta com um monge local, iniciando assim a longa jornada do café pelo mundo.
Inicialmente, o café ganhou popularidade entre os árabes no século 15, tornando-se um companheiro inseparável durante longas noites de oração e estudo.
Quando a bebida chegou à Europa no século 17, encontrou resistência, especialmente da Igreja Católica, que a considerava uma “bebida do diabo”. No entanto, essa percepção mudou quando o papa Clemente VIII experimentou o café e decidiu que era bom demais para ser ignorado.
Como o café conquistou a Europa?
Com a aprovação do papa Clemente VIII, o café rapidamente se tornou uma sensação na Europa. A bebida, antes vista com desconfiança, passou a ser apreciada nos círculos mais altos da sociedade, incluindo o Vaticano.
O café não apenas conquistou o paladar dos europeus, mas também se tornou um símbolo de hospitalidade e charme, especialmente entre os papas e a corte papal.
O papa Clemente XIV, por exemplo, era um grande entusiasta do café e frequentemente oferecia a bebida a seus visitantes ilustres. Essa tradição de apreciar o café continuou ao longo dos séculos, com papas como João Paulo II também desfrutando de um bom espresso para recarregar as energias.
Qual é a conexão do café brasileiro com o Vaticano?
A relação entre o café e o Vaticano ganhou um novo capítulo em 2009, quando o café brasileiro da Fazenda Aranquan, localizada em Ibicoara, na Bahia, foi escolhido para abastecer a sede da Igreja Católica.
O grão, conhecido como “Santo Café”, era orgânico e biodinâmico, atendendo às exigências do Vaticano. Esse café especial foi servido ao papa Francisco em 2013, marcando a presença do Brasil nos corredores sagrados do Vaticano.
O “Santo Café” não apenas simbolizou a qualidade do café brasileiro, mas também destacou a importância do cultivo sustentável e das práticas agrícolas responsáveis.
Hoje, o café da Fazenda Aranquan, sob a marca Latitude 13, é apreciado em diversos países, incluindo a Dinamarca, continuando sua tradição de excelência e sabor.