O conceito de salário mínimo no Brasil surgiu em 1940, durante o governo de Getúlio Vargas. Desde sua instituição, o objetivo principal foi garantir uma remuneração básica que permitisse aos trabalhadores atenderem suas necessidades essenciais.
O reajuste do salário mínimo no Brasil se baseia em dois indicadores principais: a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Além disso, o reajuste está sujeito à aprovação do Congresso Nacional e sanção presidencial. O cálculo considerado para 2025, por exemplo, projeta um salário mínimo de R$ 1.521,00, após uma revisão da política de reajuste, ao adequá-lo a novas previsões de inflação elevadas.
Impactos do salário mínimo
O salário mínimo não só define a remuneração de milhões de trabalhadores, mas também estabelece a base para o reajuste de diversas políticas sociais. Aposentadorias, seguro-desemprego, abono salarial e Benefício de Prestação Continuada (BPC) são alguns dos gastos sociais diretamente impactados por esse valor.
Contudo, há um contínuo debate sobre a suficiência do salário mínimo para cobrir os custos de uma família média. Em outubro de 2024, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) indicou que um salário mínimo necessário deveria ser cerca de 4,80 vezes o salário oficial, para cobrir despesas básicas adequadamente.
Relembre o valor do salário mínimo na última década:
- Janeiro de 2014: R$ 724
- Janeiro de 2015: R$ 788
- Janeiro de 2016: R$ 880
- Janeiro de 2017: R$ 937
- Janeiro de 2018: R$ 954
- Janeiro de 2019: R$ 998
- Janeiro de 2020: R$ 1.039
- Janeiro de 2021: R$ 1.100
- Janeiro de 2022: R$ 1.212
- Janeiro de 2023: R$ 1.320
- Janeiro de 2024: R$ 1.412
Espera-se que em dezembro, após a divulgação dos dados do IBGE e a assinatura do decreto presidencial, o valor oficial para 2025 seja determinado.