Governo Lula bate o martelo sobre volta do horário de verão em 2024

Decisão do governo foi justificada por ministro.

O governo federal, por meio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o horário de verão não será retomado em 2024. A decisão foi confirmada após uma reunião realizada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, onde foi apresentado um parecer técnico sobre o tema.

O parecer indicava que, apesar das considerações sobre a economia energética, não haveria necessidade imediata para a aplicação da medida no próximo ano. No entanto, a possibilidade de retomar o horário de verão em 2025 não está descartada.

Estudos técnicos

Profissionais do Ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) participaram da elaboração de estudos que assessoram a decisão do governo. O ONS previamente havia recomendado a adoção temporária do horário de verão como uma estratégia de economia financeira, sugerindo que a economia para o ano de 2024 poderia alcançar R$ 400 milhões.

Contudo, a iminente recuperação dos reservatórios devido ao retorno das chuvas garantiu um cenário energético estável, o que refletiu na decisão de não implementar a medida no próximo ano.

Histórico 

A potencial volta do horário de verão foi discutida em meio a um período de estiagem considerado o mais intenso dos últimos 74 anos, conforme relatos do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).

Desde setembro, havia a expectativa de que a medida pudesse ser retomada como forma de racionalizar o consumo energético doméstico. No entanto, fatores como o abastecimento suficiente dos reservatórios e mudanças nos padrões de consumo de energia diminuíram a urgência da retomada.

Funcionamento do Horário de Verão

O horário de verão operava adiantando o relógio em uma hora, seguindo um decreto federal que definia seu início no primeiro domingo de novembro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. A medida era aplicada principalmente em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, e outros da região sul e sudeste, onde a diferença na luminosidade diurna era mais significativa.

Esta estratégia visava principalmente a redução do uso de eletricidade para iluminação, aproveitando os dias mais longos do verão nessas regiões.

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