O Pix, sistema de pagamento instantâneo que se tornou popular no Brasil, tem sido alvo de criminosos que buscam aproveitar-se de brechas para aplicar golpes. Um dos mais comuns recentemente é o chamado “golpe do Pix errado”. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) alerta sobre esse método, que tira proveito do MED (Mecanismo Especial de Devolução) do Banco Central, uma ferramenta criada para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes.
Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, ressaltou em vídeo que os golpistas estão constantemente inovando suas técnicas, e é fundamental que os consumidores estejam alerta e bem informados para não cair nessas armadilhas.
Como funciona o golpe do pix errado
O golpe do Pix errado é meticulosamente orquestrado pelos criminosos. Veja o passo a passo de como funciona:
- O criminoso obtém o número de celular da vítima, muitas vezes registrado como chave Pix, através de cadastros online ou redes sociais.
- Com a chave em mãos, ele faz uma transferência para a vítima.
- O golpista então entra em contato com a vítima, alegando ter enviado o Pix por engano, e solicita o estorno.
- A vítima devolve o valor, mas o criminoso fornece uma chave Pix de uma conta diferente da original.
- O bandido aciona o MED, levando o banco a analisar a transação e identificar a fraude, podendo descontar o valor da conta da vítima.
- Se o golpe for bem-sucedido, o golpista recebe o dinheiro devolvido e ainda pode conseguir o valor através do MED.
Como não cair no golpe do pix errado
Para se proteger de ser vítima desse tipo de fraude, é crucial seguir alguns passos simples mas eficazes. Primeiro, nunca devolva um Pix para uma conta diferente da original. Se por algum motivo um estorno for necessário, use exclusivamente a funcionalidade de devolução oferecida pelo aplicativo do seu banco, garantindo que o valor volte para a conta de origem.
A Febraban reforça que, em casos de dúvida, o cliente deve entrar em contato diretamente com o banco.