Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, ressaltou esta semana o potencial do Drex durante a J. Safra Brazil Conference. Ele comparou o Drex ao Pix, destacando que a versão digital do real tem capacidade de transformar o mercado financeiro, reduzindo complexidades e otimizando operações.
Campos Neto enfatizou: “eu acho que o Drex vai ser mais inovador que o Pix porque ele vai fazer com que a gente de fato melhore muito os ruídos na intermediação de ativos financeiros e não financeiros”. Ele não especificou uma data para o lançamento, mas comentou sobre os avanços contínuos do projeto.
O que é o Drex?
O Drex é a proposta de moeda digital brasileira, projetada pelo Banco Central. Diferente do já popular Pix, que facilita transferências instantâneas, o Drex foca em tokenizar depósitos bancários. Esta tokenização transformará depósitos em ativos digitais, criando novas possibilidades no panorama financeiro.
Conforme descrito por Campos Neto, o Drex encontra-se na fase de testes de conceitos. “A gente está em uma fase agora mais onde a gente está testando os pilotos, os conceitos. O projeto tem avançado bastante em termos de teste. Ele tem ainda uma barreira que é a barreira da escalabilidade, porque é uma tecnologia nova”, explicou o presidente do Banco Central.
Desafios
Dada a sua inovação, o Drex enfrenta desafios significativos, principalmente no que tange à privacidade de dados. “A gente está buscando soluções. Não temos todas as soluções, mas estamos avançando bastante rápido”, comentou Campos Neto. A tokenização promete uma intermediação financeira mais competitiva e transparente.
Campos Neto destacou que o Brasil está liderando a iniciativa de criar uma moeda digital através da tokenização de depósitos. Ele mencionou que dois outros países começaram a desenvolver suas próprias versões de moedas digitais, inspirados pelo exemplo brasileiro. Esse seria um passo importante na fronteira tecnológica das finanças globais.