Infelizmente, a seca prolongada que assola o Estado do Amazonas continua trazendo uma série de prejuízos aos principais rios da região, com níveis abaixo da média histórica. De acordo com o 37º Boletim de Alerta Hidrológico, publicado na última sexta-feira (13), revelou dados alarmantes sobre o nível dos rios amazônicos, que não apresentam expectativa de melhora nos próximos dias.
Para que você entenda o cenário cada vez mais preocupante, separamos todas as informações divulgadas pelos especialistas e como a seca extrema pode prejudicar todo o território brasileiro. Portanto, siga a leitura até o fim e atente-se às mudanças climáticas.
Principais pontos destacados
- 1. Baixa histórica: diversos rios da Amazônia registram níveis abaixo da média histórica brasileira, sem previsão de recuperação no curto prazo.
- 2. Rio Negro: Em Manaus, o Rio Negro chegou a 16,75 metros, 3,7 metros abaixo da faixa de normalidade para o período. O nível do rio desce 24 cm por dia.
- 3. Sem perspectiva de melhora: de acordo com André Martinelli, gerente de Hidrologia da Superintendência Regional de Manaus do SGB, “não há projeções de melhoria a curto prazo“, declarou ao site do SGB.
- 4. Estiagem e chuvas: segundo Andrea Ramos, meteorologista da Climatempo, “estamos vivendo período de estiagem, normalmente ligado à diminuição de chuvas, mas que nesse ano houve ainda menos chuvas“.
Ainda segundo Andrea, na região Norte, não há estações definidas, mas, sim, um período chuvoso e outro menos chuvoso. “O problema é que tanto no período chuvoso, que sempre chove, não choveu tanto. E agora, que seria o período menos chuvoso, menos ainda. Então, é esse o reflexo“, explicou a especialista.
Baixas históricas por região
- 1. Solimões. Em Tabatinga (AM), o rio Solimões marcou -1,79 m, o nível mais baixo já registrado desde 1983;
- 2. Itapéua. O rio Solimões em Itapéua (AM) está em 2,3 m, sendo a terceira menor cota já registrada;
- 3. Fonte Boa. A cota do rio Solimões em Fonte Boa (AM) é de 10,16 m, a 8ª mais baixa da história;
- 4. Madeira. O nível do rio Madeira, um dos mais importantes afluentes do rio Amazonas, chegou a 41 cm às 12h do sábado (14), menor marca desde 1967;
- 5. Acre. Em Rio Branco (AC), o rio Acre está em 1,28 m, a segunda menor cota da história, atrás da marca de 1,24 m registrada em 2022;
- 6. São Félix do Xingu. O rio Xingu está entre os 10 menores níveis já registrados desde 1977. A cota atual é de 3,37 m na estação Boa Sorte;
- 7. Rio Amazonas. Em Óbidos (PA), o nível do rio Amazonas chegou a 1,17 m, o menor já registrado para essa data desde 1967.