Nos últimos anos, a adoção de energia solar tem crescido vertiginosamente, impulsionada pela busca por fontes mais sustentáveis e econômicas de eletricidade. Contudo, um aspecto que vem ganhando relevância é a vulnerabilidade desses sistemas a ataques cibernéticos. Recentemente, um estudo realizado pela empresa de cibersegurança Secura revelou uma série de falhas nos sistemas de energia solar nos Países Baixos.
Esta região, que é uma das mais avançadas na utilização dessa tecnologia na Europa, apresenta “uma área significativa de ataque” com vulnerabilidades que podem ser exploradas por cibercriminosos.
Os riscos principais estão concentrados nos inversores, dispositivos essenciais que transformam a energia de corrente contínua gerada pelos painéis solares em corrente alternada, que pode ser utilizada pelas residências. Uma vez comprometidos, esses inversores tornam-se pontos de ataque cruciais, capazes de causar desde apagões locais até serem usados em ataques de negação de serviço (DDoS).
Os inversores podem ser alvo de invasões que permitem que hackers controlem o fornecimento e a distribuição de energia, podendo até desativar esses equipamentos ou utilizá-los em redes botnet. Em cenários mais extremos, códigos maliciosos podem ser introduzidos nos sistemas, espalhando-se pela rede elétrica e afetando uma área ainda maior.
Como proteger sistemas de energia solar de ataques cibernéticos
Proteger sistemas de energia solar requer uma abordagem multifacetada que combina ajustes técnicos e boas práticas. Veja algumas das estratégias recomendadas:
- Adicionar camadas de segurança, como criptografia, aos sistemas fotovoltaicos.
- Utilizar redes Wi-Fi seguras e protegidas com senhas fortes para os equipamentos solares.
- Manter os softwares dos inversores e outros componentes sempre atualizados.
- Investir em soluções de cibersegurança específicas para dispositivos IoT (Internet das Coisas).
A popularidade crescente dos sistemas de energia solar os torna alvos atrativos para cibercriminosos. Por estarem frequentemente conectados à internet e muitas vezes não possuírem medidas de segurança robustas, esses sistemas podem ser explorados para invadir redes domésticas e comerciais. Além disso, a falta de regulamentação específica para a cibersegurança de dispositivos solares agrava o problema, tornando-os mais vulneráveis.