Com todos os ingressos esgotados desde maio para quatro dos sete dias de shows, o Rock in Rio não é aguardado apenas por uma legião de fãs de música. O evento, que comemora 40 anos na edição deste ano, se tornou uma fonte de renda bilionária para a cidade do Rio de Janeiro e para uma cadeia de diferentes atividades econômicas, entre elas a hotelaria e o turismo. De acordo com dados levantados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o festival deve arrecadar cerca de R$ 2,9 bilhões para a economia carioca.
Realizado a cada dois anos, o megaevento retorna à Cidade do Rock em setembro. A expectativa é de um público de aproximadamente 760 mil pessoas entre os dias 13 e 22, segundo o portal o Valor Econômico. O levantamento da FGV mostra que a receita gerada pelo Rock in Rio 2024 será a maior desde 2017, quando a pesquisa foi iniciada e o faturamento foi de R$ 2,4 bilhões.
Palcos em destaque
A estrutura pensada para este ano baterá recordes em relação às antecessoras. Desta vez, o Palco Mundo, espaço principal, terá 30 metros de altura (o equivalente a um prédio de 10 andares), 860 m² e seis telões de LED, conforme destacado pela revista Exame. Já o Palco Sunset, antes secundário, contará pela primeira vez com dimensões semelhantes.
Há, também, outras novidades. Por exemplo: o público poderá assistir ao musical inédito “Sonhos, Lama e Rock and Roll”, a respeito da trajetória do RiR. Além disso, haverá a inauguração da área Global Village, de 7,5 mil m², cujo intuito é celebrar a cultura de inúmeros países, incluindo o Brasil.
Valor investido no Rock In Rio
Diante da grandiosidade do evento, a organização gastou aproximadamente R$ 1 bilhão para dar vida ao Rock in Rio 2024, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. A título de comparação, o mais recente Rock in Rio Lisboa, a versão portuguesa do evento, em junho, contou apenas com um quarto de tal orçamento — ou seja, R$ 250 milhões.
Vale destacar que Roberto Medina, fundador do festival, já havia revelado a quantia anteriormente, destacando que apenas R$ 450 mil vieram da própria organização. Em coletiva de imprensa realizada no último mês de junho, o presidente explicou por que o investimento chegou em tal valor. Conforme registrado pelo UOL Splash, ele disse:
“Foram mais de 12 milhões de pessoas no Rock in Rio ao longo desses 40 anos. A ocupação hoteleira do festival só é parecida com a do Carnaval. Não é banda, não é estrutura, é o conjunto da obra. Estou trabalhando em um projeto de holografia para que o show continue holograficamente no palco. Já estou bem avançado nisso“, afirmou Miranda.