Marcas populares de café foram consideradas impróprias para consumo em lista

Uma série de impurezas e matérias estranhas foram encontradas nos grãos

De acordo com uma lista divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), dois lotes de marcas goianas de café foram considerados impróprios para o consumo. Após a publicação de uma lista com outros quatro nomes, a pasta voltou a apontar a presença de impurezas acima do limite legal e de “matérias estranhas“.

Uma das marcas na lista é o café Dona Filinha (lote 063). Procurados para comentar sobre o assunto, na última terça-feira (6), os representantes da companhia não retornaram o contato até o fechamento desta matéria. A outra marca é o Café Serra do Brasil (lote 0056), que também não se posicionou.

Vale destacar que uma portaria do Mapa define que impurezas são elementos como cascas, paus e outros detritos provenientes do próprio cafeeiro. Já matérias estranhas podem ser grãos ou sementes de outras espécies vegetais, areia, pedras, torrões e sujeiras.

Outros lotes também foram classificados como impróprios

Há pouco mais de um mês, o Mapa divulgou outra lista com outras quatro marcas com lotes impróprios para consumo. Abaixo, confira a lista das marcas, lotes e irregularidades encontradas:

  • 1. Café do Povo (lote 003): presença de impurezas acima do limite legal. Foram encontrados cascas e paus;
  • 2. Sultão (lote 125): presença de impurezas acima do limite legal. Foram encontrados cascas e paus;
  • 3. Aladdin (lote 120): presença de impurezas acima do limite legal. Foram encontrados cascas e paus;
  • 4. Bule Nobre (lote 62): presença de impurezas acima do limite legal e presença de matérias estranhas. Foram encontradas cascas, paus e sedimentos.

Como escolher um bom café?

Apesar das inúmeras cafeterias espalhadas pelas principais cidades do Brasil, o costume de fazer um cafezinho em casa nunca será perdido. No entanto, com milhares de opções disponíveis no mercado, escolher um café de qualidade pode ser uma tarefa complicada. Diante deste cenário, visando nortear e proteger o consumidor, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) desenvolveu “selos” para ajudar nesta escolha.

Em entrevista concedida à CNN, Monica Pinto, nutricionista e coordenadora de projetos da ABIC, destaca que é preciso tomar cuidado para não confundir pureza e qualidade na hora da compra. A entidade desenvolveu uma metodologia de análise sensorial realizada por especialistas treinados onde o café é classificado em quatro categorias de qualidade:  

  • 1. Extraforte;
  • 2. Tradicional;
  • 3. Superior;
  • 4. Gourmet.

Numa escala de 0 a 10 pontos, quanto maior a nota melhor é a qualidade. Nos dias de hoje, são mais de 1.000 marcas certificadas sendo 47% delas produtos premium. Tendo em mente como é feita essa seleção de qualidade, é hora de procurar a marca que mais lhe agrada. Confira algumas dicas:

  • 1. Verifique se o café possui algum tipo de certificação. O conselho é experimentar mais de uma marca para ver qual atende melhor, uma vez que sabor e aroma são muito pessoais;
  • 2. Opte por embalagens que preservam mais o café, verificando sempre a data de validade, com fabricação mais recente;
  • 3. Compre o pacote de acordo com a quantidade que costuma consumir, para ter um café sempre fresco. Depois de aberta, a embalagem só dura 30 dias — lembrando que o café não é perecível, mas ele é consumido pelo seu sabor e aroma e estes vão se perdendo pois são voláteis;
  • 4. Caso haja possibilidade de moer em casa, opte pela forma em grão, pois tem o aroma e sabor mais preservados.
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