Como bem sabemos, metade do ano já foi e com ele a maioria dos feriados prolongados de 2024. O último feriado em São Paulo aconteceu no dia 9 de julho — celebração da Revolução Constitucionalista de 1932. Contudo, para o lamento de muitos, o próximo feriado nacional em dia de semana ocorrerá só em 15 de novembro.
Neste ano, seis feriados nacionais caíram em dia de semana, enquanto outros quatro acontecem no sábado ou domingo. A celebração do Dia da Proclamação da República, em 15 de novembro, cai em uma sexta-feira e é o próximo feriado em dia de semana — as folgas antes disso, de 7 de setembro e 12 de outubro, caem aos finais de semana. Abaixo, confira o cronograma de 2024 e programe sua folga com antecedência.
Calendário de feriados de 2024
Feriado
- 1º de janeiro: Confraternização Universal (segunda-feira);
- 29 de março: Sexta-Feira Santa (sexta-feira);
- 21 de abril: Tiradentes (domingo);
- 1º de maio: Dia do Trabalho (quarta-feira);
- 7 de setembro: Independência do Brasil (sábado);
- 12 de outubro: Dia de Nossa Sra. Aparecida (sábado);
- 2 de novembro: Finados (sábado);
- 15 de novembro: Proclamação da República (sexta-feira);
- 20 de novembro: Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (quarta-feira);
- 25 de dezembro: Natal (quarta-feira);
Pontos facultativos
- 12 de fevereiro: Carnaval (segunda-feira);
- 13 de fevereiro: Carnaval (terça-feira);
- 14 de fevereiro: Quarta-Feira de Cinzas (quarta-feira);
- 30 de maio: Corpus Christi (quinta-feira);
- 28 de outubro: Dia do Servidor Público (segunda-feira).
Origem dos feriados
Muito provavelmente você já ouviu algum comerciante ou dono de empresa reclamar que a população brasileira é exageradamente contemplada com diversos feriados ao longo do ano. Apesar das queixas, é inegável que o Brasil desfruta de uma série de dias comemorativos que paralisam várias pessoas na esfera federal, estadual e municipal. No entanto, isso não significa que o gosto pelo feriado seja mais um dos “defeitos” que exclusivamente povoam a identidade do povo brasileiro.
Isso porque desde a Antiguidade os feriados tinham a importante função de demarcar a passagem do tempo ou a celebração de algum fato portador de grande significado. No caso dos romanos, é possível afirmar que vários feriados estavam constantemente ligados à adoração das divindades que figuravam no panteão de sua religiosidade. Em seus tempos áureos, observamos que esta mesma civilização organizava dias festivos em memória dos imperadores que haviam morrido.
Mais do que relembrar deuses e homens, os feriados também exerciam a importante função de estabelecer um momento de ruptura para com o mundo cotidiano. Na Idade Média, por sua vez, era comum a organização de vários eventos carnavalescos que antecediam a resignação do período da Quaresma. Nestes casos, os camponeses criavam cantos, encenações e imagens que faziam divertidas chacotas para com os senhores feudais e clérigos da época.
A frequente associação entre a promoção dos feriados e a celebração religiosa só veio a ganhar novas feições quando a Revolução Francesa quebrou as antigas tradições. Após o desenvolvimento deste fato que inaugura a Idade Contemporânea, os franceses oficializaram o dia 14 de julho como a data em que comemoram a queda da Bastilha e, por sua vez, o início do processo revolucionário. Do ponto de vista histórico, essa convenção também marca a criação do primeiro feriado de natureza civil.