A conectividade em terras brasileiras passará por uma grande transformação após o anúncio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em sua mais nova iniciativa, o órgão começou a incentivar as operadoras a fortalecerem o sinal de rede 5G em todo o Brasil, apesar de nem todos os Estados terem a infraestrutura necessária para implementar a tecnologia. Para sanar esse problema, foi decidida a abertura de uma consulta pública para debater sobre o tema e expandir a internet de 5ª geração.
Esta consulta tem como objetivo revisar e possivelmente atualizar os requisitos técnicos para a homologação de novos dispositivos móveis, com o objetivo principal de descontinuar a venda de aparelhos que operam apenas em redes 2G e 3G.
A proposta, encabeçada pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal (Conexis) em setembro do ano passado, procura não só a modernização do mercado de rede móvel, mas também uma gestão mais eficaz do espectro radioelétrico. Acredita-se que apenas aparelhos compatíveis com as redes 4G e 5G possam ser comercializados no país no futuro próximo. Esta é uma grande mudança e promete influenciar tanto os consumidores quanto as companhias.
O que motivou a medida da Anatel?
Os equipamentos que operam exclusivamente em redes 2G e 3G já são considerados ineficientes quando se trata de uso de espectro. Ainda, o isolamento tecnológico desses dispositivos os torna cada vez mais obsoletos e caros para se manter. Devido a evolução constante das necessidades digitais e a chegada do 5G, as tecnologias anteriores já não conseguem responder às novas necessidades do mercado de forma satisfatória.
O fim do 2G e 3G será problemático?
Entidades como a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviço (ABECS) e CPFL Energia ainda dependem significativamente das redes 2G e 3G para a operação de módulos específicos, como terminais de pagamento e telemetria de energia, respectivamente. Por outro lado, operadoras de telefonia de grande porte, como TIM e Vivo, apoiam a transição, visualizando-a como uma oportunidade para impulsionar a sustentabilidade e eficiência de suas operações futuras, incluindo a implementação do 6G.
Qual é o plano da Anatel?
Vale lembrar que o processo de consulta pública ficará aberto por 70 dias, permitindo contribuições de diversos setores. Após a data fixada, novas discussões serão agendadas para rever os feedbacks e tomar uma decisão final. Caso aprovadas, as novas diretrizes de homologação podem acarretar na modernização acelerada no parque tecnológico brasileiro.
Em linhas gerais, a iniciativa da agência de telecomunicações de fazer uma revisão aos critérios de homologação representa um passo vital rumo a um futuro mais conectado em terras brasileiras, visto que a medida alinha o país com as tendências globais de telecomunicações, como também ressalta a importância da modernização da infraestrutura.
A expectativa é que essa mudança traga benefícios significativos, desde a melhoria na qualidade de serviço para o usuário final até ganhos em eficiência operacional e redução de custos para as companhias. Todavia, apesar do plano traçado pela Anatel, será preciso aguardar os próximos desdobramentos para compreender com mais clareza os impactos reais da medida. Logo, mantenha-se informado sobre o tema.