Recentemente, o Nubank tem sido alvo de um número crescente de críticas nas redes sociais após postagens de Cristina Junqueira, co-fundadora da fintech. Devido as declarações da executiva, os correntistas se mostraram descontentes na web, com muitos reconsiderando sua relação com o banco digital mais popular do Brasil. Porém, muitos se perguntam se é possível encerrar o vínculo com alguma pendência em aberto, como a fatura do cartão de crédito, por exemplo.
A polêmica ganhou força com a associação de Junqueira a eventos que contam com a presença de palestrantes de ideologias conservadoras, intensificando as discussões sobre a posição política da companhia e suas implicações para os clientes e a comunidade em geral. Pensando nisso, nesta matéria, reunimos tudo o que você precisa saber sobre o caso e como encerrar a sua conta.
É possível excluir minha conta com alguma pendência?
Muitos correntistas insatisfeitos estão considerando encerrar suas contas no Nubank, mas esbarram em uma questão importante: a possibilidade de fazer isso com débitos ou faturas em aberto. Contudo, segundo as normas vigentes, encerrar uma conta bancária nessa condição não é permitido pelo banco.
Isso ocorre porque precisa haver o pagamento das dívidas da conta para que haja o encerramento. Contudo, para aqueles que estão insatisfeitos com a posição da fintech, há algumas alternativas:
- 1. Suspensão de tarifas: enquanto não for possível encerrar a conta, os clientes têm o direito de solicitar a suspensão de cobranças de tarifas. Assim, mantendo apenas os serviços essenciais;
- 2. Negociação de dívidas: é recomendável entrar em contato com o banco para tentar renegociar débitos ou estabelecer um plano de pagamento que facilite a regularização financeira;
- 3. Uso consciente da conta: enquanto se resolve a situação, é prudente usar a conta de maneira consciente, evitando novas dívidas e complicações adicionais.
Polêmica envolvendo o Nubank
Os desentendimentos começaram quando Junqueira promoveu nas redes sociais um evento que incluía figuras associadas a movimentos conservadores. Além disso, a ligação anterior de um diretor de tecnologia do Nubank com a organização Brasil Paralelo, que também compartilha desse viés ideológico, trouxe uma sombra sobre a imparcialidade política do banco.
Usuários que se identificaram como clientes da fintech se disseram incomodados com uma publicação feita por Cristina Junqueira que menciona o Brasil Paralelo e afirmaram que encerrariam suas contas ou cartões de crédito.
“Reiteramos que Cristina Junqueira não tem qualquer parceria com os organizadores do evento, e que o Nubank não patrocina essa organização nem endossa seus conteúdos”, afirmou o Nubank, no comunicado publicado em seu site oficial.
Além disso, o banco digital informou que não comentará, por sigilo profissional, a atuação de um ex-funcionário que hoje trabalha no Brasil Paralelo. Por fim, o Nubank diz que é apartidário e promove os direitos humanos. A seguir, confira na íntegra o posicionamento da instituição financeira:
“O Nubank tem uma postura apartidária e não se associa a movimentos políticos, religiosos ou ideológicos. Possuímos um Código de Conduta que promove os direitos humanos, estabelece um padrão ético rigoroso, e não tolera atividade ilícita, discriminatória e abusiva de nenhum tipo”, afirma o Nubank.
No entanto, apesar da queda recente nas ações, especialistas no setor financeiro acreditam que o Nubank ainda possui uma base sólida de clientes e uma estratégia robusta para garantir seu crescimento a longo prazo.