Desde o ano passado, os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão enfrentando uma realidade complicada. Problemas técnicos na gestão dos dados têm causado atrasos consideráveis na liberação de aposentadorias, pensões e outros benefícios essenciais. Entre janeiro de 2023 e abril de 2024, as plataformas do INSS contabilizaram mais de dois meses de inatividade completa.
Essa situação afeta diretamente cidadãos que confiam nesses serviços para o sustento de suas famílias. A expectativa era que a digitalização dos processos trouxesse mais eficiência. No entanto, o que se vê é um cenário desanimador, marcado por falhas que atrasam e até impedem a entrega regular dos benefícios.
Recentemente, um levantamento apontou que, dos 25,4 milhões de processos analisados nos últimos 16 meses, aproximadamente 3,4 milhões foram afetados por problemas técnicos. Esse número representa cerca de 13,4% do total, evidenciando a gravidade e abrangência das falhas, que impactam milhões de brasileiros todos os dias.
Principais sistemas afetados pelas falhas do INSS
Entre os sistemas mais comprometidos, destacam-se o Sirc, relacionado ao salário-maternidade, e o GET, que controla outras categorias de benefícios. Tanto o Sirc quanto o GET são gerenciados pela Dataprev e têm mostrado vulnerabilidades que necessitam de revisão urgente. O Tribunal de Contas da União já emitiu recomendações para que se invista em uma infraestrutura tecnológica mais robusta.
Para enfrentar essa crise, o INSS tem buscado incorporar tecnologias de ponta, como a inteligência artificial, com o objetivo de simplificar e agilizar as análises dos pedidos. Há, também, um intenso debate sobre a reformulação da infraestrutura de TI, visando maior eficácia no atendimento aos segurados.
No momento, enquanto o INSS e a Dataprev tentam implementar soluções definitivas, resta aos segurados a esperança de que as melhorias anunciadas cheguem em breve.