2 mulheres moram há três meses no McDonald’s; entenda o que aconteceu

O caso tem chamado a atenção dos moradores da região

Duas mulheres estão morando em uma unidade do McDonald’s localizada no Leblon, Rio de Janeiro. Há pouco mais de três meses, elas vivem com ao menos cinco malas, dormem na calçada e esperam o estabelecimento abrir para passar o dia na lanchonete. Cabe mencionar que o local fecha às 5h da manhã e reabre às 10h.

A mais velha é Suzy, que aparenta ter cerca de 50 anos. Ela está acompanhada de Bruna, sua filha, que tem aproximadamente 30 anos. As duas nasceram no Rio Grande do Sul e foram morar no Rio de Janeiro em 2016. Segundo elas, ambas estão passando a temporada fora de casa para economizar dinheiro até conseguir um aluguel no Leblon, que gira em torno de R$ 1.2 mil. Vale destacar que o bairro tem um dos metros quadrados mais caros do Brasil.

Entenda o caso curioso

Para os moradores das redondezas, o episódio é um tanto quanto curioso. De acordo com alguns relatos, elas possuem celulares, estão sempre com roupas limpas, carregam pelo menos cinco malas em bom estado, mochilas, e possuem dinheiro para pagar o que consomem no McDonald’s.

Quando o estabelecimento fecha, elas ficam sentadas do lado de fora, uma próxima da outra. Quando abre pela manhã, elas entram e pegam sempre a mesa perto da porta. “Muito triste, morar em uma lanchonete é uma situação insustentável”, descreve um morador.

Famosas na internet

Um vendedor que fica na mesma região do McDonald’s diz que Suzy e Bruna já deram calote em um hotel em que ele trabalhava, no ano de 2022. Neste caso, as duas se hospedaram e saíram sem pagar a conta. Curiosamente, elas não aceitam ajuda, são bem ríspidas, e não se abrem com terceiros. “Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não tem um local fixo”, disse o trabalhador.

O caso foi parar nas redes sociais e muitos perfis compartilharam a história. Nos comentários, muitos afirmam que já encontraram a dupla andando pela cidade e que elas já teriam passado um tempo no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. A Polícia Militar e uma equipe do Segurança Presente já tentaram entrar em contato para ajudar mãe e filha, mas todos os pedidos foram dispensados.

Todavia, segundo o UOL, uma mulher que estava conversando com a Bruna disse que é psicóloga e que ofereceu acolhimento e escuta para mãe e filha: “Elas estão muito abaladas e tristes com toda essa exposição. Não quiseram abrir a situação, falaram apenas que são do Sul e moram no Rio há alguns anos“, disse a profissional. Diferentemente das outras testemunhas ouvidas pelo jornal, ela disse que mãe e filha foram agradáveis, trocaram telefones e em momento algum fizeram algum tipo de grosseria.

Vale mencionar que a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Rio de Janeiro esteve no local nos dias 10 e 16 de março e disse que as mulheres não se sentem em situação de vulnerabilidade e nem quiseram receber ajuda. “Apesar de terem oferecido vagas em abrigos e outros serviços disponíveis na rede de apoio socioassistencial, elas recusaram prontamente”, disseram as autoridades em nota.

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