Um grave incidente envolvendo o transporte aéreo de um cachorro chamado Joca acabou em tragédia na última segunda-feira (22) e trouxe à tona a questão da segurança e dos procedimentos adotados por companhias aéreas no transporte de animais. O cachorro, que deveria ter sido enviado de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), foi erroneamente encaminhado para Fortaleza (CE), resultando em sua morte por desidratação e estresse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou sobre o caso, destacando a necessidade de “prestar contas” e de intensificar a fiscalização sobre o transporte aéreo de animais. Usando uma gravata com estampa de cachorro em homenagem a Joca, o presidente expressou seu protesto e cobrou responsabilidades tanto da empresa aérea Gol quanto da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A ANAC já iniciou um processo administrativo para investigar o ocorrido, solicitando à Gol detalhes sobre o incidente e os procedimentos de transporte adotados. A Polícia Civil de São Paulo também está investigando o caso, tendo instaurado um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do animal.
A resposta da Gol
Em resposta ao incidente, a Gol informou que suspendeu temporariamente o transporte de cães no porão das aeronaves. A empresa declarou que dedicará tempo para revisar seus procedimentos e garantir que tais eventos não se repitam. Esta suspensão não afeta o serviço Dog&Cat Cabine, que permite aos clientes transportarem seus animais de estimação na cabine, desde que tenham peso inferior a 10 quilos.
Perguntas ainda sem respostas
Muitas perguntas permanecem sem resposta, como o motivo pelo qual Joca foi embarcado para o destino errado e por que medidas de segurança básicas, como acesso à água, aparentemente, não foram fornecidas. A comunidade de tutores de animais e o público em geral aguardam ansiosamente por explicações claras e por medidas concretas que evitem a repetição de tais falhas.