Brasileiros podem se animar com FGTS Futuro para ter casa própria

No dia 8 de abril deste ano, a Caixa Econômica Federal (CEF) iniciou as contratações de financiamentos habitacionais com utilização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) Futuro. A operação está disponível aos trabalhadores com renda mensal de até R$ 1.640 mensais, para aquisição de imóveis novos e usados pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Em linhas gerais, o FGTS Futuro poderá ser utilizado pelo titular da conta vinculada do Fundo, que deverá, no ato da contratação do financiamento imobiliário, autorizar a CEF a bloquear valores dos depósitos futuros em sua conta até a quitação total do saldo devedor, por um prazo máximo de 120 meses.

Entenda como vai funcionar o financiamento

Na prática, segundo o diretor de habitação da Caixa Econômica, Rodrigo Wermelinger, o cidadão poderá ter acesso a um financiamento maior para aquisição do seu imóvel, bem como dispor de um valor menor para dar entrada no financiamento.

Para facilitar o entendimento, Wermelinger dá como exemplo uma família que ganha R$ 2.000 reais por mês que almeja comprar uma casa de R$ 169 mil por meio de um empreendimento financiado pela Caixa. “[…] Por ser do Minha Casa, Minha Vida, essa família já tem um abatimento de R$ 43 mil no valor do seu imóvel, portanto, 168 menos 43, ela precisa ter R$ 125 mil para adquirir o imóvel“, explica.

Ele continua argumentando que a Caixa, pagando R$ 500 por mês, consegue emprestar para ela mais R$ 100 mil. Neste sentido, a família do exemplo precisa ter R$ 25 mil para dar de entrada. “Agora, com o FGTS Futuro, a gente acessando a conta do FGTS dela de R$ 100 a mais por mês, a gente consegue financiar R$ 10 mil a mais, reduzindo essa entrada de R$ 25 mil para R$ 15 mil“.

Em síntese, o FGTS Futuro facilita o acesso à casa própria, visto que a família consegue comprar o imóvel de R$ 168 mil dando apenas R$ 15 mil de entrada. Isso facilita muito o acesso ao financiamento e a conquista do sonho da casa própria, segundo o diretor de habitação.

Caso o cidadão perca o emprego e, consequentemente, não tenha mais o depósito mensal do FGTS, a CEF deixará de recolher o valor do FGTS Futuro e vai aguardar até seis meses para que a pessoa consiga uma nova ocupação e a conta do Fundo volte a receber os aportes.

“A multa rescisória de 40% não é utilizada no financiamento, ela é exclusivamente do trabalhador. Caso o cidadão fique por mais de seis meses desempregado, a partir do 7º mês o valor proveniente do FGTS Futuro deixa de ser acessado na conta do FGTS e passa a ser cobrado junto com a prestação do financiamento“, pontua Wermelinger.

Por fim, o diretor de habitação da CEF ressalta que o financiamento tem um prazo de 35 anos e que o banco estatal dispõe de diversas alternativas de renegociação para que o cliente recupere a sua capacidade de pagamento mensal.

Consulta ao saldo do FGTS

Quem deseja saber quanto tem de saldo na conta do FGTS, basta acessar o aplicativo do benefício (disponível para Android e iOS). Por lá, também é possível autorizar a Caixa a consultar os dados da conta e a simular, com base neles, o valor que ela pode disponibilizar de FGTS Futuro. Para baixar a plataforma do Fundo é super simples: basta entrar na loja de aplicativos do seu celular — lembrando que ele é totalmente de graça.