A Caixa Econômica Federal está no centro de uma discussão acalorada entre seus funcionários e representantes sindicais devido à possibilidade de transferir as operações lotéricas para uma subsidiária. Essa medida, que está sendo estudada pela instituição, tem gerado preocupações e críticas por parte dos empregados e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT).
A primeira movimentação da Caixa nesse sentido ocorreu em 18 de março, quando a instituição enviou um documento ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressando sua posição contrária às mudanças nas Loterias Caixa. Por outro lado, a cúpula da Caixa defende que essa mudança poderia trazer benefícios aos consumidores, como maior agilidade operacional e melhorias tecnológicas.
Mudanças na loteria
Juvandia Moreira, presidente da Contraf-CUT, destacou a importância da arrecadação das lotéricas para programas sociais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo ela, parte dos recursos arrecadados pelas lotéricas são destinados a programas que beneficiam diretamente a população, como estudantes que dependem do Fies para financiar seus estudos.
Os empregados da Caixa e os lotéricos temem que essa transferência das operações para uma subsidiária facilite futuras privatizações, já que as loterias são atualmente uma operação pública. Por meio das lotéricas, a Caixa oferece serviços bancários e contribui para a bancarização de muitos brasileiros em todo o país.
Diante desse cenário, a discussão sobre a transferência das operações das loterias federais para uma subsidiária da Caixa Econômica Federal continua em pauta. Audiências públicas e debates parlamentares têm sido realizados para discutir os impactos dessa medida e buscar alternativas que atendam aos interesses dos trabalhadores, da população e da própria instituição bancária.