Agência Espacial Europeia comunica sobre asteroide próximo à Terra

A entidade revelou alguns detalhes sobre o episódio; confira

Na última quinta-feira (11), a Agência Espacial Europeia (ESA) descobriu que um asteroide passou muito próximo da Terra para os padrões científicos. A pedra espacial possui o tamanho de um carro e esteve, segundo estimativas de astrônomos, a 19,3 mil km do nosso planeta. Ou seja, apenas 3% da distância entre a Terra e a Lua.

O asteroide 2024 GJ2 mede entre 2,5 e 5 metros, como informado pela ESA. Isso significa que, por sua classe e peso, ele teria queimado na atmosfera da Terra se sua órbita cruzasse com a nossa. Ainda, os astrônomos relataram que o mais próximo que o asteroide chegou do nosso planeta foi às 18:28:42 GMT (às 15h28 no horário de Brasília) de quinta-feira (11). Ele chegou a apenas 12.298 km de distância — uma das passagens mais próximas que se tem registro na história.

Segundo informações do centro de coordenação de objetivos próximas à Terra da ESA, o próximo sobrevoo do 2024 Gj2 não ocorrerá até 2093, quando deve passar a pouco menos de 206 mil km do nosso planeta. Cabe destacar que a NASA tem catalogado 35 mil asteroides próximos da Terra. Para alívio de muitos, poucos deles representam uma ameaça real para nós.

Exploração de Vênus

Em janeiro deste ano, a ESA autorizou duas novas missões específicas, uma para detectar as ondas gravitacionais a partir do espaço, deformações ínfimas do tecido espaço-tempo, e outra para explorar o planeta Vênus. O lançamento da missão Lasar Interferometer Space Antenna (LISA) está previsto para 2035 em um foguete Ariane 6, disse a ESA em comunicado.

O interferômetro espacial, instalado a cerca de 50 milhões de km da Terra, estará composto por três satélites que formam um triângulo equilátero. Cada lado do triângulo medirá 2,5 milhões de quilômetros, distância da qual os três aparelhos trocarão feixes de raios laser.

O observatório espacial gigante também será capaz de captar com sensibilidade ímpar as ondas gravitacionais que deformarão os feixes de raios laser. A título de curiosidade, Albert Einstein previu as ondas gravitacionais em 1916, detectadas 100 anos depois e que são deformações ínfimas do espaço-tempo, parecidas a ondulações da água na superfície de uma lagoa.

Essas oscilações, que se propagaram na velocidade da luz, nascem sob o efeito de acontecimentos cósmicos violentos, como a colisão de dois buracos negros, por exemplo. Apesar de estarem relacionadas fenômenos maciços, seu sinal é bastante tênue.

Uma primeira vibração rápida foi constatada em 2015 pelos detectores terrestres de ondas gravitacionais Ligo, nos Estados Unidos, e Virgo, na Europa. Em junho do ano passado, uma rede mundial de telescópios na Terra captou um sinal mais prologado no tempo.

Além disso, a ESA também autorizou a missão EnVision, que partirá para a exploração de Vênus em 2031, desde o núcleo interno até a atmosfera, para “dar uma nova visão da história, da atividade geológica e do clima do planeta”.

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