Grande supermercado entra em recuperação judicial com enorme dívida

A situação econômica desafiadora tem levado várias empresas ao limbo financeiro, e a rede de supermercados Dia não é exceção. Com uma dívida impressionante de R$ 15,5 milhões acumulada na Região do Polo Têxtil (RPT), em São Paulo, este caso se destaca pela sua gravidade e pelo amplo impacto social e econômico nas comunidades locais. A crise afeta diretamente moradores e empresas de cinco cidades significativas, refletindo a magnitude das dificuldades enfrentadas pela corporação.

O levantamento feito pelo LIBERAL aponta que há 66 moradores ou empresas inseridos na lista de credores, esperando receber valores significativos. Esse cenário explana a extensão do problema e suas ramificações, afetando desde pequenos fornecedores a funcionários, que se veem na angustiante espera por recursos muitas vezes vitais para sua própria sobrevivência financeira.

Entenda a recuperação judicial da Rede Dia

Em uma tentativa de sanar suas finanças e evitar um colapso total, a rede de supermercados Dia buscou na recuperação judicial uma luz no fim do túnel. Este pedido, oficializado no dia 22 de março, visa a reestruturação da empresa com o objetivo de manter suas operações e saldar compromissos com seus credores, incluindo dívidas trabalhistas e com fornecedores.

O processo agora está nas mãos da Expertisemais Serviços Contábeis e Administrativos, e espera-se que um plano de reestruturação seja apresentado brevemente.

As repercussões socioeconômicas dessa crise já são nítidas. Com a decisão de encerrar as operações de nove unidades na RPT, o impacto no emprego e no comércio local é inegável. As cidades de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Hortolândia enfrentam a dura realidade de perder estabelecimentos que, além de oferecerem serviços essenciais, eram fonte de emprego para muitos.

As respostas da Rede Dia 

Apesar das adversidades, a postura oficial do grupo Dia é de otimismo. Afirmam que o processo de recuperação judicial em território brasileiro não afeta suas operações em outros países, como Espanha e Argentina. A empresa almeja, com estas medidas, assegurar a continuidade de seus negócios e o cumprimento de suas obrigações futuras. No entanto, a concorrência intensa por parte de atacarejos e as recentes dificuldades econômicas adicionam camadas de complexidade a este cenário já desafiador. Veja:

  • Americana: duas unidades fechando;
  • Nova Odessa: uma unidade fechando;
  • Santa Bárbara d’Oeste: uma unidade fechando;
  • Sumaré: uma unidade fechando;
  • Hortolândia: quatro unidades fechando.
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