Pelo fato de ser um dos programas sociais mais populares do Brasil, o Bolsa Família, infelizmente, é alvo de fraudes. Recentemente, as autoridades brasileiras detectaram um escândalo envolvendo o benefício no Rio de Janeiro.
Na ocasião, um funcionário da Caixa Econômica Federal, que trabalhava na agência localizada no bairro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, foi preso em flagrante por envolvimento em fraude na concessão de benefícios assistenciais do Bolsa Família.
Entenda o caso
O indivíduo foi preso no dia 8 de setembro, mas a sua prisão só foi revelada na última segunda-feira (11). No flagrante, o funcionário do banco estatal estava modificando dados de acesso e sacando valores de contas beneficiadas pelo Bolsa Família, tudo isso dentro da agência onde trabalhava. A ação contou com apoio da equipe de cibersegurança da Caixa.
As investigações e a prisão foram feitas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Federal. Durante a audiência de custódia, que aconteceu na 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.
De lá, o agora ex-funcionário da Caixa foi levado para o sistema penitenciário, onde vai esperar para ser julgado. Ele vai responder por furto mediante fraude, com a pena máxima podendo chegar a 8 anos de prisão.
Posicionamento da Caixa
Procurada pelo portal Poder360, a Caixa Econômica Federal fez um comunicado afirmando que as informações relacionadas aos casos de fraude e às ações realizadas pela equipe de segurança da instituição são sigilosas, sendo repassadas exclusivamente para as autoridades policiais e de controle, uma vez que a divulgação pode comprometer as investigações, que seguem em andamento.
No mesmo informe, o banco destacou que trabalha constantemente para aperfeiçoar os critérios de segurança, adotando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a ocorrência de fraudes.
Por fim, a Caixa reforçou que possui estratégia, políticas e procedimentos de segurança para garantir a proteção dos dados e operações de seus correntistas, além de dispor de tecnologias e equipes especializadas para assegurar a integridade de seus processos e canais de atendimento.
Contudo, a instituição financeira não deu um parecer sobre o que será feito para ajudar os beneficiários do Bolsa Família que foram prejudicados pelas práticas ilícitas do funcionário.