ChatGPT pode revolucionar a medicina, aponta novo estudo

A inteligência artificial (IA), certamente, é a tecnologia do momento, muito por conta de suas habilidades que podem até mesmo superar a dos seres humanos. Neste sentido, o ChatGPT, o modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI, foi o principal responsável pela popularidade da ferramenta, uma vez que ele é capaz de aprender qualquer coisa, inclusive adquirir conhecimentos relacionados à área da saúde.

Recentemente, um estudo conduzido pelo Mass General Brigham, dos Estados Unidos, revelou que a IA da OpenAI tem um nível de conhecimento similar ao de um estagiário da área de saúde. A pesquisa em questão investigou o potencial do ChatGPT em decisões médicas, que vão desde o atendimento do paciente até o diagnóstico e opções de tratamento.

Desenvolvimento do estudo

De acordo com o site Medical Express, para realizar a pesquisa, os especialistas enviaram ao ChatGPT 36 prontuários clínicos completos e pediram para que o chatbot fornecesse um possível diagnóstico com base nas informações passadas, referentes ao gênero, idade e sintomas, além de identificar se o caso era emergencial ou não.

Após essa primeira etapa, a IA recebeu novas informações e lhe foi solicitada a tomar decisões de gerenciamento e fornecer um diagnóstico final. Em outras palavras, durante o processo, o ChatGPT passou pelas fases de um atendimento real.

ChatGPT demonstrou bom desempenho

Os pesquisadores compararam as respostas fornecidas pela IA nas diferentes etapas do processo de atendimento e constataram que ele teve uma precisão geral de 72%. Levando em conta apenas o diagnóstico final, a precisão foi um pouco maior, de 77%.

Já na questão diagnósticos diferenciais (analisar o que aparenta ser um diagnóstico do que realmente é), a precisão da máquina foi de 60%, enquanto no gerenciamento clínico (como indicar quais medicamentos devem ser prescritos), 68%.

Segundo Marc Succi, autor da pesquisa e presidente associado em inovação e comercialização estratégica no Mass General Brigham, apesar de não existirem métricas reais, estipula-se que o desempenho do ChatGPT é semelhante ao de alguém que acabou de se formar na faculdade de medicina, como um estagiário ou residente.

Succi também destaca que os modelos de IA, de modo geral, têm potencial de se tornarem uma ferramenta útil na prática da medicina, além de ajudarem na tomada de decisões clínicas com precisão ímpar.

No entanto, o pesquisador salienta que, apesar dos resultados promissores, a IA nunca substituirá médicos, enfermeiros ou outros profissionais que atuam na área da saúde, uma vez que a tecnologia deve ser usada como auxílio em determinados processos, como uma avaliação diagnóstica, por exemplo.

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