Uma das primeiras medidas realizadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início do seu terceiro mandato foi aumentar as Bolsas Estudantis para estudantes que recebem bolsa na graduação, pós-graduação e ensino médio. Esses valores estavam congelados desde 2013 e devem passar de R$ 1.200 para R$ 2 mil para determinado grupo de estudantes.
“Tinha governo que não fazia as coisas e as coisas não andavam. Mas nós tivemos um governo que destruiu parte do que estava construído”, declarou o presidente assim que o aumento foi anunciado.
Os estudantes e pesquisadores de um país dedicam suas vidas para fazer descobertas e ajudar no desenvolvimento científico. Com o aumento das bolsas, esses pesquisadores poderão se dedicar mais ativamente aos seus trabalhos. O objetivo do governo é reconhecer a importância da pesquisa acadêmica e promover a valorização dos pesquisadores brasileiros.
Na mesma ocasião, o presidente ainda afirmou que o governo viajaria o Brasil, com o objetivo de recuperar as escolas técnicas e os institutos que não foram inaugurados. Vale lembrar que, em seus oito anos de mandato, o presidente Lula aprovou a criação de, no mínimo, 214 escolas técnicas e 14 universidades públicas.
Atualização para os estudantes do CNPq
Com o retorno do governo petista, as bolsas para mestrado, doutorado e pós-dourado também passaram por mudanças. Os valores foram alterados de acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que também é voltado para pesquisas científicas. Desse modo, os valores tiveram reajustes. Confira a lista a seguir:
- Bolsas de mestrado: aumento no pagamento de R$ 1.500 para R$ 2.100;
- Bolsas de doutorado: aumento no pagamento de R$ 2.200 para R$ 3.100;
- Bolsas de pós-doutorado: aumento no pagamento de R$ 4.100 para R$ 5.200.
O incentivo à pesquisa também é uma forma de manter o conhecimento dentro do país. Isso porque, segundo o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, o Brasil tem muito mais cientistas do que consegue empregar. Esse é um dos fatores que influenciam na saída desses pesquisadores dos laboratórios brasileiros para os laboratórios estrangeiros.
Segundo uma estimativa do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, área vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Brasil pode ter perdido mais de 6,7 mil cientistas nos últimos anos, que preferiram realizar suas pesquisas no exterior. Um dos principais motivos seria a falta de investimento e o congelamento das bolsas de pesquisa por quase uma década.
“Nós estamos, hoje em dia, formando 24 mil doutores por ano, mas as ofertas de emprego, concursos públicos, etc, não chegam a mil”, afirmou Ricardo Galvão.
Apesar da expectativa de melhora para 2023, o Brasil ainda tem um longo caminho para refazer, principalmente retornando com áreas de pesquisas que foram apagadas. “É preciso colocar mais recursos para a recomposição do nosso parque tecnológico e laboratórios, é preciso fazer investimentos na manutenção das atividades de pesquisa, na compra e recuperação de equipamentos. Então, é ter profissionais bem remunerados e condições adequadas de trabalho”, afirmou a presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Mercedes Bustamante.
Benefícios exclusivos para estudantes brasileiros
O Brasil oferece alguns benefícios para os estudantes brasileiros, como uma forma de incentivo para que os jovens continuem estudando. Entretanto, vale reforçar que é indispensável o uso da carteirinha de estudante, documento que comprova o vínculo do estudante com a instituição de ensino. Sendo assim, confira alguns desses benefícios:
- Auxílio permanência para estudantes de universidades públicas;
- Direito à meia entrada em eventos, shows, cinemas, entre outras coisas;
- Conta bancária para universitários;
- Descontos em plataformas como Spotify;
- Adobe, Canva e Microsoft;
- Transporte gratuito ou com 50% de desconto;
- Alojamento para estudantes;
- Isenção da taxa de inscrição do ENEM.