Consignado do Bolsa Família: lista de bancos autorizados com novos valores

O Governo Federal anunciou no último dia 9 de fevereiro as novas regras para contratar o empréstimo consignado do Bolsa Família. Ao todo, 12 instituições financeiras, incluindo a Caixa Econômica Federal, estão autorizadas a realizar o empréstimo consignado para os beneficiários do programa de transferência de renda Bolsa Família. Além desse grupo, também estão aptos para a nova linha de créditos segurados do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Confira, a seguir, a lista de instituições financeiras que podem oferecer o empréstimo de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

  • Caixa Econômica Federal
  • Banco Agibank S/A
  • Banco Crefisa S/A
  • Banco Daycoval S/A
  • Banco Pan S/A
  • Banco Safra S/A
  • Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S/A
  • Facta Financeira S/A Crédito, Financiamento e Investimento
  • Pintos S/A Créditos
  • QI Sociedade de Crédito Direto S/A
  • Valor Sociedade de Crédito Direto S/A
  • Zema Crédito, Financiamento e Investimento S/A

Vale lembrar que, como se trata de um empréstimo consignado, o dinheiro é descontado direto da folha de pagamento. Dessa forma, os bancos têm a permissão para realizar o desconto do benefício do Bolsa Família antes mesmo de o beneficiário receber o pagamento. Assim, os bancos têm a garantia de que as prestações serão pagas na data marcada.

A Caixa Econômica não oferece o empréstimo

Dentre as 12 instituições financeiras, a Caixa Econômica Federal já informou que não oferecerá o empréstimo consignado aos seus beneficiários. Segundo a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, depois das mudanças feitas no projeto, o empréstimo não se paga e acabaria se tornando um problema para a instituição financeira.

“Com as novas regras, a operação não se paga. Esse produto teve um cunho eleitoral, a Caixa foi o banco que mais ofertou crédito, com R$ 7,6 bilhões. É uma excrescência. Não posso ofertar crédito em um auxílio para uma pessoa se alimentar. Na minha opinião, isso tem de ser anulado”, disse a presidente da Caixa ao Jornal Valor Econômico.

O novo projeto prevê que as instituições financeiras que oferecem a linha de crédito só poderão descontar 5% da parcela do benefício. Além disso, o empréstimo consignado só poderá ser parcelado em, no máximo, seis vezes. Outro detalhe importante é que o Ministério do Desenvolvimento Social definiu que a taxa de juros aplicada ao consignado não pode ultrapassar o teto de 2,5% ao mês.

Em uma nota enviada ao Consulta Pública, a Caixa explicou a situação:

A CAIXA informa que os estudos técnicos sobre o Consignado Auxílio foram concluídos e que o banco decidiu retirar o produto de seu portfólio. A linha de crédito estava suspensa desde o dia 12 de janeiro para revisão.

Para os contratos já realizados, nada muda. O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Caixa Econômica Federal

Originalmente, o empréstimo consignado era mais atrativo por diversos motivos. Primeiro, sua taxa de juros era uma das mais altas, podendo chegar a 3,5% ao mês, mas a maioria dos bancos aplicavam juros mensais de 3,45% ao mês. Embora inferior ao teto, a taxa ainda era uma das mais altas aplicadas a empréstimos consignados.

Além disso, o benefício permitia que fosse descontado 40% da parcela fixa do Auxílio Brasil, no valor de R$ 400. Dessa forma, os beneficiários do Auxílio Brasil eram descontados todo mês em R$ 160 para quitar o empréstimo. O consignado ainda podia ser parcelado em até 24 vezes, o que permitia empréstimos que chegavam a R$ 2 mil.

As mudanças foram necessárias porque especialistas alertavam para o risco de endividamento das famílias, uma vez que o Auxílio Brasil era, para muitos, a única fonte de renda. As mudanças no consignado, no entanto, não agradaram aos bancos e instituições financeiras, desse modo, é pouco provável que seja oferecido novamente.

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