O Sistema de Valores a Receber, do Banco Central (BC), ficou quase um ano com o seu serviço interrompido. O BC voltou a liberar a plataforma para que os cidadãos brasileiros pudessem ver se possuíam dinheiro esquecido, mas, no mesmo dia em que liberou os serviços, houve uma grande procura, que acabou deixando o site fora do ar outra vez, impossibilitando a consulta.
Utilizando o Sistema de Valores a Receber, os usuários podem sacar o dinheiro em várias transações financeiras. Apesar da queda na funcionalidade, o problema já foi resolvido e a plataforma já está liberada para o público, que pode voltar a consultar se possui dinheiro esquecido.
De onde esse dinheiro pode vir?
Cotas de PIS/Pasep: cerca de R$ 23,5 milhões foram esquecidos entre os trabalhadores de 1971 a 1988. O valor acumulado pode ser resgatado pelo titular da conta ou por seus herdeiros. Caso deseje realizar o resgate, basta acessar o aplicativo oficial do FGTS, o Internet Banking ou ir a uma Agência da Caixa Econômica Federal. Vale lembrar que as cotas e o abono salarial são dois benefícios que costumam confundir o trabalhador, pois possuem funções semelhantes, apesar de serem coisas distintas. Por esse motivo, deixam de ser sacados.
Imposto de Renda: esse é outro estorno que costuma ser esquecido pela população. Por esse motivo, é importante verificar se realmente possui valores de restituição do imposto de renda através do extrato de declaração. Se o cidadão perceber que consta como “disponível para agendamento”, é necessário que a pessoa solicite o saque em uma agência do Banco do Brasil. O Imposto de Renda costuma ser esquecido porque muitos esquecem que são restituídos em determinado valor quando fazem a declaração de renda.
Prêmios de Loteria: Embora muitos acreditem que isso é difícil de acontecer, os prêmios de loteria costumam ser esquecidos com mais frequência do que o esperado. Segundo a Caixa Econômica Federal, existem cerca de R$ 580 milhões em prêmios esquecidos nas agências. Isso porque as pessoas esquecem ou ignoram quando o dinheiro a receber costuma ser pequeno, o que acaba acumulando grandes valores ao longo do tempo.
Seguros DPVAT: esse é um seguro que chega a disponibilizar cerca de R$ 2.700 para indenização de despesas médicas privadas, R$ 13.500 em casos de invalidez e R$ 13.500 para herdeiros e familiares em caso de morte em acidente. Ainda assim, boa parte das pessoas que têm direito ao seguro acabam esquecendo de solicitar o seguro a tempo e acabam perdendo o dinheiro. Para ter direito ao benefício do seguro, basta ir à uma agência DPVAT.
FGTS: o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) possui diversas modalidades de saque. Para resgatar o dinheiro de contas inativas, o trabalhador que foi demitido precisa ficar três anos sem trabalhar de carteira assinada para conseguir sacar todo o saldo do Fundo de Garantia.
Nota Fiscal Paulista: esses valores são referentes a créditos da nota fiscal que foram esquecidos por contribuintes que costumam informar o CPF na hora de realizar compras. O governo do Estado de São Paulo prevê que existam mais de R$ 8,8 milhões esquecidos. Os paulistas que desejarem verificar se tem valores a receber precisam se cadastrar na página portal.fazenda.sp.gov.br/servicos/nfp. Caso o saque não seja feito, o valor deve retornar para o Tesouro do Estado.
Fundo PIS/Pasep: esse é um benefício pago pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil e deve começar a ser repassado a partir do dia 15 de fevereiro. Vale lembrar que o abono salarial do PIS/Pasep pago esse ano é referente ao ano-base de 2020. O calendário de pagamento varia de acordo com a ordem de nascimento, isso porque existe o limite de dois meses para sacar o valor.
INSS: esse dinheiro é referente às RPVs de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganharam ações de concessão ou, ainda, revisão do benefício na justiça. Dados mostram que o valor chega a R$ 72 mil para os segurados da autarquia. Para aqueles que desejarem consultar o pagamento, precisam acessar o site do TRF na parte de precatório.