Bolsa Família: Presidente da Caixa confirma recadastramento com trabalhadores ilegais do garimpo

A nova presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, afirmou que trabalhadores de garimpo poderão ser inclusos no recadastramento de beneficiários do novo programa de transferência de renda Bolsa Família.

O anúncio foi feito na última terça-feira (7), em um evento em Brasília. “Garimpeiros, muitas vezes, são pessoas carentes utilizadas por grandes grupos econômicos, vivem em situação precária”, disse a dirigente. “Vai ter o recadastramento do Bolsa Família com esse olhar”.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), endossou a fala da presidente da Caixa e lembrou que a mudança do programa social será feita a partir de um Projeto de Lei (PL) ou de uma Medida Provisória (MP). Além disso, o texto trará uma permissão para que os cartões do benefício tenham a função de débito.

“Será aberta uma poupança, vamos incentivar a poupança e a inclusão financeira. Não vão precisar enfrentar a fila das agências”, declarou Maria Rita.

O novo cartão do Bolsa Família

Vale reforçar que não serão todos os beneficiários que receberão o novo cartão, isso porque cerca de 8 milhões de beneficiários já receberam o cartão do Auxílio Brasil em outubro de 2022, e continuam em situação perfeita para uso, além de garantir toda a tecnologia necessária.

Por isso, pensando em evitar gastos desnecessários, o governo deve direcionar o foco para os 12,5 milhões de beneficiários que ainda não possuem o cartão ou que estão com o cartão do antigo Bolsa Família. O objetivo é conseguir com que essas famílias passem a utilizar o cartão com a opção de compras no débito.

Dias afirmou que o Sistema Único de Assistência Social (Suas) terá um olhar especial para os indígenas. Segundo ele, o novo formato do programa terá um grande potencial para ajudar as populações indígenas do Brasil. Dessa forma, aqueles que recebem o Bolsa Família não precisarão mais andar grandes distâncias para chegar a uma agência bancária para realizar o saque do benefício.

“O cartão, além de ser para saque, passa a ser de débito, pagamento, isso facilita a condição. E da parte dos ministérios, uma regra de quebra dos cronogramas. Muitas vezes, os indígenas onde vão levam a família inteira e ficam dias esperando o pagamento. Agora teremos a antecipação dos recursos para pagar naquele dia toda a demanda nas unidades”, afirmou.

Além da população indígena, esta tecnologia também estará disponível para outros beneficiários, como aqueles que recebem o benefício do Seguro Defeso, o programa é destinado para os pescadores artesanais que ficaram proibidos de exercer sua atividade durante o período de defeso de determinadas espécies de peixes.

Quando começa o Bolsa Família?

O objetivo do Ministério do Desenvolvimento Social é apresentar o novo Bolsa Família ao Congresso Nacional em fevereiro para aprovação. O texto apresenta as mudanças do cartão, a parcela fixa que passa a ser de R$ 600, além da criação da parcela extra de R$ 150 para famílias que possuem dependentes de 0 a 6 anos de idade.

Embora a parcela seja cumulativa, o governo deve estimular um limite máximo de crianças que podem ser cadastradas. Ao que tudo indica, esse número limitador pode ser de duas crianças por família. Caso isso se concretize, as famílias poderão receber até R$ 300 apenas de parcela extra, se a família possuir mais de duas crianças em seu núcleo familiar, serão cadastradas as duas mais novas.

Dessa forma, o que tudo indica é que as famílias que possuem, pelo menos, duas crianças de 0 a 6 anos de idade poderão receber R$ 900 por mês. Isso ocorre porque o valor da parcela extra será paga junto a parcela fixa de R$ 600 do Bolsa Família.

Esse valor ainda pode aumentar em meses pares para os beneficiários que recebem o Auxílio Gás. O programa garante 100% do preço médio nacional do botijão de gás de cozinha. Embora o valor varie, os beneficiários podem chegar a receber R$ 1 mil nos meses que o benefício é pago.

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