Rombo das Americanas: banco famoso toma decisão extrema

O banco Bradesco pediu à Justiça do Rio de Janeiro na última quarta-feira (18) para só permitir que a Americanas retire seus recursos do banco com um aval prévio. Dessa forma, a Americanas só poderia utilizar seus recursos monetários como capital, dinheiro no banco, crédito, investimentos ou contas a receber com um aviso prévio.

O Bradesco informou ao jornal O Estado de S. Paulo que a Americanas poderia “vir a pedir uma recuperação judicial”. Por esse motivo, o banco resolveu que foi necessário fazer a petição à Justiça do Rio de janeiro.

Uma semana antes do pedido do banco Bradesco, uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro, que tinha o intuito de proteger empresas contra os seus credores por, pelo menos, 30 dias, foi revista em parte a favor do BTG Pactual. Dessa forma, a dívida cobrada pelo banco da varejista pode chegar a R$ 1,2 bilhões.

Nota da Americanas sobra a situação

“A Americanas informa que a atitude unilateral de compensação dos credores contra o caixa da companhia prejudica sua viabilidade. Somente o Banco Bradesco reteve mais de R$ 450 milhões do caixa, agindo em desconformidade com a decisão da tutela antecipada. A Americanas é uma varejista centenária, que presta um serviço amplo à população e tem um compromisso social forte de levar produtos acessíveis aos seus 53 milhões de clientes. A companhia segue na busca por uma solução de curto prazo com os seus credores, para manter seu compromisso como geradora de milhares de empregos diretos e indiretos, amplo impacto social, fonte produtora e de estímulo à atividade econômica, além de ser uma relevante pagadora de tributos. A Americanas espera que os credores também se comprometam na busca de soluções.”

Dívida bilionária da Americanas

A Americanas encontrou um rombo de 20 bilhões em suas contas no começo de 2023. Agora, a empresa entrou em processo de recuperação judicial, após a Justiça acatar o seu pedido na última quinta-feira (19). Entretanto, a dívida que se imaginava ser de 20 bilhões, pode ser muito maior. A própria empresa admitiu que a dívida é de R$ 43 bilhões, bem maior do que o valor imaginado originalmente.

Muitas das dívidas da varejista têm, em contrato, condições variáveis. Isso acaba piorando a sua situação, uma vez que os juros cresceram e os prazos diminuíram. Por isso, a conta chegou ao valor bilionário de R$ 43 bilhões. Além disso, essa quantia é dividida em 16 mil credores. Dentre eles estão empresas, bancos e até pessoa física.

As lojas continuam em funcionamento

Apesar da crise, a empresa não decretou falência e as lojas continuam abertas e funcionando perfeitamente. O mesmo acontece com as lojas online. O Procon, órgão de defesa ao consumidor, de São Paulo procurou a empresa para saber mais sobre o risco para o consumidor. A empresa afirmou que “pode comprar sem medo”.

Além disso, o órgão de defesa do consumidor ainda fez um levantamento das reclamações contra a empresa nos últimos dias, então compararam com os anos anteriores. Os dados indicam que os problemas financeiros da empresa não alteraram a imagem da empresa diante do público consumidor.

O Instituto Brasileiro de Defesa da Concorrência (IDEC) informou que a recuperação judicial pela qual a companhia vem passando não muda em nada os direitos que os consumidores possuem em relação à empresa. Isso significa que direitos como: cumprimento de prazos ou troca de produtos em caso de defeito do produto.

Recuperação Judicial da Americanas

A Americanas deve tentar renegociais as dívidas. Dessa forma, ela precisará entrar em acordo com bancos e fornecedores para conseguir descontos e novos prazos para pagamento. Esse processo pode levar meses e até anos.

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