Argentina vira saco sem fundo e moeda despenca novamente

A Argentina registrou nessa terça-feira um recorde histórico. O dólar chegou a 378 pesos no mercado paralelo. Já a contação do governo fechou em 189 pesos. Isso significa que a cotação do dólar paralelo e a cotação do governo é de 107%. Esse recorde não é visto desde março de 1991, ou seja, a mais de 30 anos.

O grande vilão da economia argentina é a inflação, que chegou a 94,8% em 2022. Esse resultado acaba influenciando a alta do dólar, que persiste no país. Mas também existem outros fatores, como as políticas econômicas adotadas no governos desde 1975 e a instabilidade institucional.

O país já foi governado por 19 presidentes, sendo quatro deles em mandatos provisórios. Dos 19 presidentes, uma civil foi derrubada por militares, e outros dois militares foram derrubados em golpes políticos por outros dois militares. Além disso, dois presidentes civis renunciaram o cargo. Essa instabilidade foi palco para sete grandes crises econômicas, que acontecem desde o primeiro grande ajuste da economia argentina em 1975.

Além disso, a Argentina teve 38 ministros da Economia e 32 presidentes do Banco Central. O dólar no mercado paralelo reflete os ânimos dos argentinos sobre a economia do país. Afinal, há mais de 50 anos que os argentinos guardam suas economias na divisa americana.

Crise na Argentina

A Argentina vem tropeçando entre crises nos últimos anos e especialistas afirmam que o motivo é a má gestão do governo. O economista Alexandre Schwartsman avaliou a situação econômica da Argentina. Segundo ele, esse é um reflexo de “décadas de má gestão”.

As crises políticas consecutivas somadas ao endividamento interno é o que faz aumentar a inflação do país. “O país tropeça de crise em crise há anos, porque a combinação de políticas lá é muito ruim”, comenta o ex-diretor de Relações Internacionais do Banco Central (BC) em entrevista à CNN.

Em 2022, a Argentina passou por um dos momentos mais delicados de sua história econômica. A inflação se tornou um dos desafios econômicos mais importantes da economia argentina. Isso porque a inflação gera uma grande perda direta na capacidade econômica entre consumidores, o que afeta diretamente o consumo.

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