Popularidade do ex-presidente Bolsonaro atinge o pior nível na internet

A popularidade do ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, é a menor em quatro anos. O resultado é reflexo dos atos golpistas que aconteceram em Brasília no último domingo (8), quando apoiadores do ex-presidente invadiram a praça dos três poderes e vandalizaram os prédios.

Bolsonaro se absteve da situação. O ex-presidente comentou em seu Twitter que manifestações são direito garantidos por lei, mas que não apoia a invasão e a depredação de propriedades privadas. Além disso, Bolsonaro acusou a esquerda, dizendo que é essa vertente da política brasileira que apoia esse tipo de situação.

Queda da popularidade

Bolsonaro foi eleito em 2018 como um presidente populista. Seu melhor desempenho no termômetro que mede a “fama” dos líderes parlamentares nas redes sociais foi em 7 de outubro de 2022, entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais. O então presidente registrou 88,1 pontos, o melhor desempenho do ex-líder desde janeiro de 2019.

Com o passar do seu mandato, a popularidade dele caiu consideravelmente, fora e dentro do país. Apesar disso, depois dos atos golpistas do último domingo, o Índice de Popularidade Digital (IPD), da Quaest, mostrou que Bolsonaro atingiu o pior índice em quatro anos.

No sábado, antes dos ataques, Bolsonaro marcava 40 pontos percentuais de popularidade. Entretanto, na segunda-feira, horas depois do atentado em Brasília, a pontuação da popularidade de Bolsonaro caiu para 21 pontos percentuais.

A ação foi promovida por bolsonaristas radicais que não aceitavam a derrota do ex-presidente e pediam a intervenção militar, o que é crime. Além disso, o caso resultou em inúmeros prejuízos aos cofres públicos.

Tentativa de golpe reforça o poder de Lula

A tentativa de golpe acabou saindo pela culatra. O ato que tentou atingir a governabilidade de Lula, na verdade, aumentou o poder do novo presidente, enquanto descredibilizava Bolsonaro.

“Os protestos em Brasília que tentaram atingir a governabilidade do Lula, na prática, atingiram apenas a credibilidade do Bolsonaro. Essa é a síntese da consequência política que a gente viu hoje. Parte do Bolsonarismo que se dividiu. Isso é uma fraqueza do movimento de oposição que vai dar a Lula mais força e mais legitimidade no Brasil para lutar contra movimentos antidemocráticos.” afirmou Felipe Nunes pesquisador e diretor da Quaest.

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