O futuro ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) não estará presente em Brasília para a posse do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da ausência, o governo bolsonarista deixou uma espécie de presente para o governo que se inicia em 1º de janeiro.
Ao que parece, a equipe de Bolsonaro espalhou pela fachada dos ministérios placas gigantescas exaltando a administração que está de saída. Além disso, tratou de compartilhar um vídeo mostrando o resultado da campanha.
“Se olhar para cima, Lula lembrará de Bolsonaro”, brincou um auxiliar do presidente.
Bolsonaro está em negação
Desde que perdeu a eleição no último domingo do mês de outubro, o presidente em exercício vem se negando a falar. Inclusive, até hoje, Bolsonaro não ligou para Lula reconhecendo a derrota, ato tradicional entre os presidentes que concorrem à eleição.
Em suas poucas aparições, o futuro ex-presidente não assumiu a derrota e ainda incentivou as atitudes antidemocráticas e golpistas orquestradas por seus eleitores ao longo das últimas semanas.
Para o dia da posse, o presidente pretende estar bem longe do Brasil. Bolsonaro planejou uma viagem para Flórida e ficará hospedada em um dos resorts do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Ao que parece, o presidente está se negando a entregar a faixa presidencial para Lula.
Mais gastos com o dinheiro público
Depois de estourar os cofres públicos para bancar sua campanha de reeleição e não obter sucesso, Bolsonaro raspa o fundo do tacho para provocar o governo eleito “decorando” a Esplanada dos Ministérios.
Cada placa possui uma frase fixa “A nossa força faz o Brasil melhor”. Sem reconhecer a derrota, a equipe atual parece ignorar o fato de que mais de 60 milhões de brasileiros concordaram que um “Brasil melhor” não deveria ter Bolsonaro como presidente.
Além disso, as placas possuem frases que envolvem programas do governo. Uma das placas diz que durante a atual gestão foram “Milhares de moradias entregues”. Entretanto, o programa habitacional Casa Verde e Amarela foi o pior desde que o programa habitacional começou a entregar casas pelo Brasil, ainda como Minha Casa Minha Vida.