ALERTA! GOLPE DO PIX EM ALTA! 11 cidades relatam prejuízos calculados em mais de R$ 10 MILHÕES

Criminosos estão usando um grande vazamento de dados das prefeituras para saquear valores que deveriam ser usados em benefício da população. Essa quadrilha já causou prejuízo para prefeituras do interior de São Paulo e Minas Gerais. Somando os dois estados, foram 11 golpes que, segundo a polícia, desviaram mais de R$ 10 milhões.

O golpe do PIX, como é chamado, prejudicou cidades pequenas, como Pirapozinho, cidade do interior de São Paulo que tem cerca de 30 mil habitantes. Apenas dessa cidade, os bandidos conseguiram roubar quase R$ 2,6 milhões dos cofres públicos. Esse dinheiro, que seria direcionado para fazer pagamento de funcionários e para merenda e transporte escolar, vai fazer falta.

“Nós somos considerados ainda um município de porte pequeno e qualquer recurso que sai da conta, em uma forma não correta, faz muita falta. Porque as nossas contas são contas muito equilibradas”, lamenta Lucas Padovan, prefeito de Pirapozinho.

Como era aplicado o golpe do PIX?

Os bandidos entravam em contato com os servidores das respectivas prefeituras que eram responsáveis por movimentar as contas da prefeitura. Eles fingiam ser funcionários do banco e diziam que precisavam atualizar dados do cadastro. Depois disso, enviavam um site falso, igual ao site do banco, para que os servidores fizessem o phishing – pescaria digital –, quando os servidores digitavam os dados, o golpe era dado.

Com os dados bancários da prefeitura, eles fizeram as transferências para as contas cadastradas. Logo que o dinheiro chegava, era transferido para outras centenas de contas. Essa transferência, feita pelo PIX acabou dificultando o rastreamento do dinheiro. Esse método é comumente utilizado pelos estelionatários, justamente pela dificuldade do rastreio do dinheiro.

“Imediatamente após o golpe, esse dinheiro é diluído em transferências de R$ 100 a 300 mil, pulverizado em centenas de contas. Eles utilizaram moedas digitais e, também, utilizaram algo diferente, que é o uso de maquininhas, que são as máquinas de cartão de crédito”, explicou o delegado Everson Contelli.

No dia 18 de outubro, uma operação policial prendeu 11 pessoas envolvidas com os crimes; três ainda estão foragidas.

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